segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Obsoleto



Dear Wavers,

More than a year ago, we announced that Google Wave would no longer be developed as a separate product. At the time, we committed to maintaining the site at least through to the end of 2010. Today, we are sharing the specific dates for ending this maintenance period and shutting down Wave. As of January 31, 2012, all waves will be read-only, and the Wave service will be turned off on April 30, 2012. You will be able to continue exporting individual waves using the existing PDF export feature until the Google Wave service is turned off. We encourage you to export any important data before April 30, 2012.

If you would like to continue using Wave, there are a number of open source projects, including Apache Wave. There is also an open source project called Walkaround that includes an experimental feature that lets you import all your Waves from Google. This feature will also work until the Wave service is turned off on April 30, 2012.

For more details, please see our help center.

Yours sincerely,

The Wave Team

© 2011 Google Inc. 1600 Amphitheatre Parkway, Mountain View, CA 94043
You have received this mandatory email service announcement to update you about important changes to your Google Wave account.


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Doces ou Travessuras













A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.

Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora – murmura a bunda – esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.

A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.

A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.

Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.

A bunda é a bunda,
rebunda.

domingo, 18 de setembro de 2011

Thank You Miles



Excelente exposição no CCBB sobre o músico Miles Davis. Material completo de todas as fases musicais de Miles.

Contendo muito material original como os Vinis, Singles e EP´s, além várias fotos, vídeos, Artes dos albuns, Instrumentos, Roupas, Entrevistas, Cópias de contratos, Anotações etc.

Ao fim da visita fica a confirmação que Miles davis foi um artista completo, inovador e inquieto.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Situação Crítica


Seis propostas para a crítica – por Antônio Xerxenesky

(Mestrando em literatura comparada na UFRGS e autor do recém-lançado A página assombrada por fantasmas):

1. Menos atenção ao marketing. Sim, os novos escritores estão preocupados em vender seu peixe. Sim, eles usam redes sociais a seu favor. Sim, eles frequentam os mesmos bares e conversam entre si. Não, isso não é relevante na hora da crítica. A crítica deve analisar a obra, não as opiniões e performances da vida virtual e real do autor.

2. Uma crítica mais interpretativa. As resenhas de jornais, em seu espaço reduzido, muitas vezes se assemelham a um guia de compras, com direito a avaliações de “bom” ou “ruim”. Seria legal ver, para além da opinião discutindo se o romance X merece seu tempo e dinheiro, uma crítica que oferecesse interpretações do crítico para a obra, buscando “validades, não verdades”, como postulou Barthes.

3. Há um ser humano por trás do escritor. Claro, é dever do crítico atacar o que acha que deve ser atacado. Ele não pode esquecer, todavia, que há uma pessoa de carne e osso, como ele, por trás da obra. Um mínimo de tato não faz mal a ninguém. E um anexo: evite detonar livros de estreia – a crítica pode ser tão traumática para o escritor que ele nunca mais se arriscará a escrever uma só linha. Tratando-se de um segundo livro, porém, a sinceridade brutal está liberada.

4. Acadêmicos: não esqueçam o contemporâneo; escritores: não esqueçam a teoria. Nada tenho contra a crítica praticada por professores de Letras ou a feita por escritores, mas o ideal seria que todos tivessem conhecimento para além de sua área mais imediata. Ou seja: acadêmicos devoradores de literatura contemporânea (estrangeira e nacional) e escritores familiarizados com teoria literária e o (sempre questionado) cânone.

5. Por favor, faça-me rir. Muita gente discordou da polêmica resenha de Maurício Raposo na última Copa de Literatura Brasileira, mas quase todo mundo gargalhou com ela. Muitos comentaram: por que não vemos esse tipo de coisa no jornal impresso? Não seria ótimo encontrar um texto (arriscadamente) cômico como esse nos jornais?

6. Amigos até certo ponto. Evite resenhar livro de amigo. Se for inevitável, lembre-se que o melhor amigo é o sincero, capaz de dizer ao outro que ele está se comportando feito um idiota. Da mesma forma, evite muito resenhar livro de algum desafeto. A crítica não é o espaço para resolver desentendimentos pessoais. Este lugar se chama “bar”.

Fonte

sábado, 9 de julho de 2011

E.T. Telefone, Minha Casa.



Sem apelos, exageros, efeitos especiais discretos, Super 8 é um belo Remake e uma singela homenagem ao filme E.T de Steven Spielberg.

Se tivesse um bom marketing e uma divulgação maior, seria excelente Blockbuster “com conteúdo”.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Lanterna verde amarelou



Em um ano em que as telas do cinema ficaram praticamente dominadas por filmes de super-heróis, a DC Comic tentou emplacar mais um personagem de seu imenso universo na tela grande, porém sem grande impacto

Lanterna verde é um personagem muito popular e bem cultuado nas HQs, uma adaptação para o cinema sempre foi cogitada no passado, mas nunca de fato concretizada, por um fator bem simples, que seria a dificuldade na criação de todo o seu universo cósmico, que em alguns anos atrás, seria extremamente caro e bem trabalhoso. Com a tecnologia atual que se encontra em um estado bem avançado e no qual pode se criar praticamente tudo, temos enfim o filme do Lanterna.

Em lanterna verde temos a história padrão da origem do herói e as suas motivações que o levaram a aceitar a sua atual condição. Porém essa história é contada com uma narrativa bem clichê e um tanto leve. Mas isso não agride a origem do personagem. Lanterna apresenta algumas falhas e um acabamento não tão rigoroso como visto nos outros recentes filmes de super-heróis.

Um dos fatores que ajudaram ao filme a não ter uma aceitação de público e crítica, foi a propaganda negativa que circulou em Blogs, fóruns e sites que se basearam nos primeiros trailers e fotos que foram liberadas no início do ano que traziam o Herói de certa forma abobalhada e com um visual risível.

Apesar das falhas e de não ter surpresas, lanterna verde se apresenta com um filme “sessão da tarde” e prova que o público ainda se baseia (e muito) em opiniões preconceituosas e sem fundamentos, além de confirmar que o Marketing é fundamental na divulgação de um produto, seja ele qual for.



segunda-feira, 6 de junho de 2011

X-Men Primeira Classe

X-men First Class marca o retorno ao cinema da cultuada série em quadrinhos criada por Stan Lee e jack Kirby na decáda de 1960.

Os X-mens já tinham ganhando outras três adaptações para o cinema durante a decáda de 2000, porém nenhuma delas retratou o passado desses mutantes.

Aqui nesse filme vemos como surgiu a primeira equipe dos mutantes além de apresentar o passado amigável entre o Professor Charles Xavier e, até então amigo, Erik Lehnsherr.

A retratação da época (1962) é um dos pontos fortes do filme, junto com uma ótima direção que consegue manter o ritmo do filme durante toda a exibição, além do bom roteiro que contextualiza bem o momento em que o longa se passa sem deixar o filme ficar massante.

X-men First Class foi dirigido por Matthew Vaughan (Kick-ass -2010) que consegiu por maturidade nos personagem e manter o tom sério que filme pede.

A escolha do elenco é a mais satisfatória até o momento. Destaque para Sebastian Shaw, vilão vivido pelo ator de Footloose Kevin Bacon, que praticamente rouba todas as cenas na qual aparece.


sábado, 4 de junho de 2011

Afeto

“Vai filho, corta o bolo e dá o primeiro pedaço pra alguém que você não viveria sem!”
“Computador seu lindo, vai pra você”

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A ressaca 2


Uma continuação feita na época certa (dois anos após ao primeiro filme de 2009) e repetindo a mesma história do filme anterior: um grupo de amigos procurando saber o que fizeram na noite passada após a uma amnésia acoolica.

Se beber, não case! 2 tenta conseguir o mesmo impacto e surpresa do filme original, porém se torna uma cópia do primeiro com humor mais grotesco e esquecendo a diversão. O primeiro filme se apresentava como uma comédia adulta sobre uma situação um tanto absurda. Na atual continuação temos uma situação muito mais absurda, mas sem os risos que o primeiro filme proporcionou.

Em todo o filme temos um ritmo bem devegar para disfarcar o roteiro poucas situações, que acabar deixando o caminho aberto para os atores tamparem as falhas da história com os seus personagem, que por sinal é ponto forte de todo o filme.

Apesar de mal explorado as situações envolvendo crime, tráfico de drogas, zoofilia, corrupção de menores, prostituição e inúmeros outros casos ilegais, O filme só vale para rever os mesmos personagens em situações grotescas afim de causar algum riso.

Vale citar as fotos que aparecem durante os créditos finais. Um dos melhores momentos do filme recriando a altura do primeiro.



terça-feira, 10 de maio de 2011

Cabra Macho



Aproveitando a onda dos novos B Movies e a repercussão de um falso Trailer em Planeta Terror, o Diretor Robert Rodriguez resolveu dar vida ao tal Machete (Danny Trejo) usando todo o clima, narração e estética de um filme barato.

Apesar do filme tocar em um assunto delicado para o governo Americano (imigrantes), Machete diverte com todo o seu exagero. Faz tempo que o cinema de ação americano não apresenta um filme que não agrade somente aos fãs do genêro de filme B ou de ação pura.

Machete tem o seu valor pelo fato de trazer um protagonista latino e por abordar um assunto pouco explorado. além de ser extremamente divertido.

Uma das falhas de Machete, se não a única, é a sua imagem polida. Apesar que no início do filme, tem a tradicional sujeira na película, porém o resto do filme é bem limpo, que acaba dando uma quebra no clima Kitsch que o filme pede. Fora isso Machete é filme de ação digno de ser cultuado.

Destaque para o elenco feminino



domingo, 1 de maio de 2011

Blips, Blops e Tzuings!


A vanguarda sou eu

Um dos pais da música moderna, o maestro e compositor alemão ataca regentes famosos e diz que o gênero eletrônico ainda pode causar uma revolução

Sérgio Martins

Goste-se ou não das obras de Karlheinz Stockhausen, não há como negar a importância do maestro alemão para a música contemporânea. Nascido em 22 de agosto de 1928, no vilarejo de Mödrath, perto da cidade de Colônia, ele é considerado o maior compositor de seu país no período pós-guerra. Suas ousadias incluem a criação de concertos que incorporam barulhos da natureza e até um quarteto para helicópteros. Acima de tudo, Stockhausen é considerado o pai da música eletrônica. Por isso se tornou influente também no universo pop. Dos Beatles ao Grateful Dead, banda preferida dos hippies californianos, muitos foram os roqueiros seduzidos por seu vanguardismo. A nova geração tecno continua a venerá-lo. Stockhausen é a principal atração do Carlton Arts, festival que acontece de 25 de junho a 1º de julho em São Paulo. Ele fará duas apresentações na cidade, nas quais mostrará as obras Oktophonie, Kontakte e Hymnen. Nesta entrevista, feita por telefone de sua casa em Kürten, na Alemanha, Stockhausen não poupa críticas aos maestros da música tradicional e diz que não gosta de manter contato com o mundo exterior. "Atrapalha o meu trabalho."

Veja – O senhor é considerado um dos pais da música eletrônica...

Stockhausen – Na Europa dizem mais: que sou o papa desse gênero musical. Esses títulos me deixam orgulhoso.

Veja – Quando o senhor decidiu que seria um compositor diferente?

Stockhausen – Desde cedo quis me diferenciar dos outros autores alemães. Eu tinha aulas de música em um conservatório de Colônia e estava estudando a sonata para dois pianos e percussão do húngaro Béla Bartók. Foi quando ouvi no rádio uma obra de Stravinsky. Fiquei impressionado: aquilo era muito melhor do que música tradicional. Passei, então, a procurar outros estilos que fugiam da mesmice. Como as composições atonais do austríaco Anton Webern ou o lado mais experimental do jazz, como o bebop e o boogie-woogie. Até hoje procuro seguir essa filosofia.

Veja – O senhor era uma criança quando a II Guerra Mundial começou. Quais lembranças tem desse período?

Stockhausen – Eu era novo demais para lutar, mas perdi meu pai, vários primos e amigos queridos no campo de batalha. Trabalhei em um hospital na minha cidade natal, Colônia, e pude ver os milhares de feridos e a destruição de algumas jóias da arquitetura medieval alemã.

Veja – Como se sente a respeito do fato de maestros famosos, como Herbert von Karajan e Wilhelm Furtwängler, terem aderido ao nazismo?

Stockhausen – É melhor deixar os mortos repousar em paz.

Veja – Qual a opinião do senhor em relação ao crescimento do movimento neonazista na Alemanha?

Stockhausen – Eu não sei exatamente o que está ocorrendo, porque não leio jornais, não vejo televisão e muito menos compro revistas. Estou tão concentrado em minha obra que não tenho tempo a perder com o que acontece no mundo. A minha única fonte de informação é uma publicação sobre astronomia que um amigo me envia dos Estados Unidos.

Veja – O senhor acredita que existe vida em outros planetas?

Stockhausen – Em outras galáxias, sim. Na minha imaginação, já viajei para diversos planetas. Dessa maneira, consigo compor minhas melhores obras. Como o meu quarteto para helicópteros, uma das peças que me deixam mais orgulhoso.

Veja – Pelo menos o senhor ficou sabendo da polêmica com o maestro argentino Daniel Barenboim? Ele despertou a ira dos judeus ao propor a apresentação de uma ópera de Wagner em Jerusalém.

Stockhausen – Acho que os judeus deveriam separar a música de Wagner de seu passado anti-semita. E ninguém melhor do que Barenboim, que é judeu, para explicar isso e mostrar que Wagner é bom – ainda que ele nunca tenha me agradado. A única coisa que aturo de Wagner é a abertura de Tristão e Isolda.

Veja – O que o senhor pensa da obra de compositores clássicos como Bach, Beethoven, Brahms e Mahler?

Stockhausen – Bach provou que realmente é possível louvar a Deus por meio da música. Beethoven me ensinou a controlar um amplo leque de formas de expressão. Com Brahms, aprendi a ir sempre em busca das fontes originais. Mahler, finalmente, me fez ver que as emoções musicais mais intensas são capazes de nos aproximar de Adão, o primeiro homem.

Veja – O senhor foi companheiro de classe do maestro francês Pierre Boulez, outro talento da música moderna. Boulez é conhecido por espinafrar maestros e escolas musicais. O senhor compartilha dessas opiniões fortes?

Stockhausen – Eu conheci Pierre Boulez quando tinha 23 anos e fui estudar em Paris. Fomos alunos do compositor Olivier Messiaen. Somos muito amigos, mas eu não sei o que se passa na cabeça dele. Boulez gosta de espinafrar outros maestros, mas está regendo de maneira cada vez mais porca. Em 1997, eu o vi reger um concerto de Schumann em Osaka e foi terrível. Ele também estragou a oitava sinfonia de Bruckner. Boulez gosta de reger autores franceses sem expressão apenas para parecer moderno – mas esses concertos não acrescentam nada à sua carreira.

Veja – O que acha do italiano Claudio Abbado, regente da Filarmônica de Berlim?

Stockhausen – Ele é horroroso, fez coisas terríveis com as minhas criações. Claudio Abbado regeu um concerto meu na Alemanha e simplesmente estragou minha obra. Fiquei tão furioso que mandei uma carta para ele. Abbado nunca me respondeu. Depois, vim a saber que não havia ensaiado o suficiente. Dos catorze dias de ensaios previstos, compareceu apenas a dois.

Veja – É interessante, porque Claudio Abbado costuma gabar-se das muitas horas de ensaio gastas com a Filarmônica de Berlim.

Stockhausen – Sinceramente, ele não entende a minha obra. Claudio Abbado já havia destruído uma criação minha quando regia a orquestra do Alla Scalla de Milão. O problema desses maestros é que eles não conseguem entender a precisão das minhas obras. Elas têm de ser ensaiadas exaustivamente durante dez, doze dias até ficar perfeitas. Mas os regentes não têm tempo para isso. Eles sabem que podem ganhar até dez vezes mais tocando obras de Beethoven e Bach. Um dos poucos maestros que entendem a minha obra é o americano David Robertson.

Veja – O senhor consegue executar as obras que escreve para o piano?

Stockhausen – Você pode até não acreditar, mas sou um excelente pianista... Um excelente pianista! Só que hoje não faço mais solos. Apenas treino virtuoses.

Veja – Quem é o melhor intérprete de suas obras? Um homem ou um robô?

Stockhausen – Uma mulher. Qualquer uma.

Veja – Não cheira a enganação apresentar um concerto de música em que o senhor apenas aperta alguns botões?

Stockhausen – Minha obra é bem mais do que apertar botões. Ela exige ambientação. Os meus concertos costumam ser acompanhados de imagens projetadas num telão, e a sala de concerto precisa ter uma acústica impecável, com alto-falantes de boa qualidade. Vistoriar tudo isso dá muito trabalho.

Veja – Como o senhor lida com eventuais salas de concerto vazias e gente que não gosta de seu estilo musical?

Stockhausen – Sinceramente, não tenho esse tipo de problema. As salas em que toco estão sempre cheias e meus discos ainda vendem bem no mercado erudito.

Veja – Qual foi a pior reação dos admiradores da música tradicional a uma criação sua?

Stockhausen – Em 1957, uma rádio de Colônia transmitiu trechos da minha obra. A reação foi tremenda. Diversos críticos de música clássica diziam que eu estava destroçando uma arte divina. Um deles, chamado Blummer, sugeriu às estações de rádio que proibissem a execução das minhas obras. De repente parecia que estávamos de volta aos tempos do III Reich. Mas eu já tinha me acostumado a isso. Na minha estréia como compositor, em 1953, o mundo se dividiu entre os pró e contra Stockhausen.

Veja – Diversos músicos gostam de dedicar suas obras ao senhor. Já deparou com algumas dessas homenagens e teve vontade de gritar: "Mas não é nada disso!"?

Stockhausen – Qualquer músico que respeita a minha obra é digno da minha gratidão. Mesmo que o disco não esteja à altura do meu trabalho.

Veja – Hoje, parecem existir muito mais discípulos do senhor na música pop do que na música clássica.

Stockhausen – Sem dúvida, eles gostam da minha criatividade. Karl Bartos, líder do grupo alemão de música eletrônica Kraftwerk, chegou a parar uma apresentação da banda para fazer elogios rasgados à minha obra. Nos anos 60, quando dei aulas de música na Califórnia, havia integrantes das bandas psicodélicas Jefferson Airplane e Grateful Dead entre meus alunos.

Veja – O senhor chegou a ser convidado a participar de Sgt. Pepper's, o histórico álbum dos Beatles lançado em 1967. Por que essa parceria não se concretizou?

Stockhausen – Os Beatles sempre foram fãs do meu trabalho. Assim como eu, eles sempre tiveram muita criatividade. Fui procurado pelo empresário deles na época, Brian Epstein. Ele queria que eu bolasse arranjos para o grupo e fizesse um concerto ao lado deles. Mas Brian morreu e depois não consegui me entender com os novos empresários da banda. Por isso, minha participação em Sgt. Pepper's se resumiu a uma aparição na foto da capa.

Veja – O rock e o pop normalmente são associados ao uso de drogas. O senhor já as experimentou?

Stockhausen – Nunca usei drogas em minha vida. Nem sei que gosto elas têm. Ouvi dizer que Jefferson Airplane e Grateful Dead eram movidos a drogas, mas nunca vi nada. Você tem de entender que esses grupos surgiram nos anos 60, uma época em que todo mundo experimentava LSD. Eu também soube que meu filho mais novo usou drogas quando estava na faculdade, mas agora ele está levando uma vida normal.

Veja – Qual o futuro da música eletrônica?

Stockhausen – Há quase cinqüenta anos tenho dito e escrito que a música eletrônica será o gênero mais importante da evolução musical. E isso não apenas por questões técnicas ou pela maneira pouco ortodoxa com que lidamos com o tempo de execução das obras. Ao revolucionar nossa maneira de ouvir, a música eletrônica pode revolucionar nossa maneira de viver.

Veja – Normalmente, os artistas de música eletrônica costumam usar a técnica do sampler: pegam trechos de obras alheias e não pagam direitos autorais. O senhor já foi sampleado?

Stockhausen – Eu não me importo de ser sampleado e muito menos corro atrás de direitos autorais. Até hoje apenas um músico alemão desconhecido admitiu ter roubado minhas criações. Ele usou trechos de três obras minhas para fazer outra música. O sampler sempre existiu na história da música, apenas tinha nome diferente. Chamavam de "copiar estilos". Johann Sebastian Bach, por exemplo, foi o primeiro grande sampleador da história. Bach criou algumas de suas obras a partir de trechos que roubou de outros autores barrocos.

Veja – Um de seus discípulos, Holger Czukay, disse que a melhor maneira para um músico não prostituir sua arte é casar com uma mulher rica. O senhor compartilha da mesma opinião?

Stockhausen – Não, eu sempre tive condições de ganhar meu próprio dinheiro. Desde criança, até os dias de hoje, minha música garantiu tudo o que tenho.

Veja – O senhor tem seis filhos. Procurou incutir neles o seu gosto musical?

Stockhausen – Meus seis filhos têm interesses musicais muito diferentes dos meus. Três deles são excelentes músicos profissionais. Eles tocam composições mais suaves, e acho que o fazem de maneira excelente. O quarto é flautista e professor de música e os outros dois preferiram não seguir a mesma carreira do pai.

Veja – Dizem que a música de Mozart e de outros compositores clássicos ajuda a desenvolver a inteligência dos bebês. O seu trabalho tem também um alcance educativo?

Stockhausen – Acho que sim. Muitas crianças foram criadas ao som de uma das minhas obras mais importantes, Zodiac.

Veja – A palavra "vanguarda" ainda faz sentido para o senhor?

Stockhausen – Pense de outro jeito. Enquanto eu estiver vivo, a palavra "vanguarda" ainda fará sentido para o mundo.


Fonte

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Martela, martela, martela o Martelão


Thor é um filme economico e sem frescura que conta a origem de um Super-Herói que irá fazer toda a ligação com os futuros filmes da Marvel Comic principalmente Os Vingadores em 2012.

Sem exageros, o filme é bem objetivo em toda a sua narrativa e não deixa cair o ritmo da projeção, tem um bom equilibrio nas passagens do drama para os momentos de ação que são poucos, mas importantes na trama.

Ao final, já deixa um "arco" aberto para os futuros filme da Marvel que estão para ser lançados em breve.


terça-feira, 26 de abril de 2011

The Dark Side of Oz



Todo mundo conhece a história, mas não custa relembrar: ao colocar o filme O Mágico de Oz para rodar sem o seu áudio original, mas sim com o disco The Dark Side of the Moon como trilha, tudo casa perfeitamente, em uma estranhíssima coincidência.


Apesar de os integrantes do Pink Floyd já terem dito inúmeras vezes que não tem nada a ver com a história e tudo não passa de imaginação dos fãs, quem já fez a brincadeira sabe que a quantidade de elementos que coincidem é motivo de sobra para especulação.

Por via das dúvidas, e caso você nunca tenha assistido O Mágico de Oz com The Dark Side of the Moon como trilha, clique no vídeo abaixo e viaje violentamente:

Fonte

The Dark Side of Oz from Bryan Pugh on Vimeo.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Versão Diet



Após o muito sucesso gerado pela repercusao de um Blog que relatava o cotidiano de uma garota de programa que acabou virando um livro sem propósito definido, temos enfim, a tão esperada versão para o cinema.

Como o livro já não tinha uma direção definida, o filme segue a linha de contar a história de uma menina que vivia em uma família que lhe dava a miníma atenção. e em um belo dia resolveu ser garota de programa por pura pirraça.

Sem muitas surpresas e sem lição de moral, o filme deixa a impressão de ser uma adaptação "comportada" de um livro sem muito conteúdo.

O destaque fica para a trilha sonora que representa cada momento "importante" do filme. A canção Fake Plastic Trees da banda inglesa Radiohead é a música que resume todo o filme e a vida de sua protagonista: um verdadeiro mundo falso feito de árvores de plástico.



segunda-feira, 11 de abril de 2011

A caçada continua



Aproveitando a onda da “trollagem” na Internet (usuários mal educados) The Troll Hunter é um filme de Horror B norueguês que pega carona nesse tipo de comportamento, para relembrar a mitologia nórdica dos Trolls, porém sendo apresentada por uma outra ótica e atualizada para os tempos atuais. Apesar do filme não se aprofundar muito em toda a mitologia desses monstros The troll hunter se apresenta como um filme de caçada a seres gigantes que vivem em cavernas no alto das montanhas.

A história do filme é simples: um grupo de estudantes de cinema resolvem fazer um documentário sobre caça aos ursos, porém na busca de personagem para o documentário, acabam esbarrando em caçador misterioso chamado Hans. Intrigados por essa pessoa que se recusava a falar sobre a caça aos Ursos, os estudantes tentam descobrir o que Hans realmente faz. Nessa busca descobrem muito mais do que uma simples caçada.

O filme se apresenta como um falso documentário, na mesma linha de A bruxa de Blair e de Cloverfield, mas o filme não empolga. O que realmente chama a atenção no filme, e a forma como foi feito e por ser um filme todo rodado na Noruega e por ter elenco de atores desconhecidos. Além do tema muito pouco explorado, que é a cultura nórdica.

Um dos outros pontos positivos de Troll Hunter, é a volta das produções de filmes B de terror que foram muito famosas entre as décadas 1970 e 1980, sendo que em Troll Hunter, temos uma produção “bem mais caprichada”, que foge muito da estética tosca dos filmes B/Trash tradicionais.

The Troll Hunter teve uma certa repercussão fora da Noruega, acabou virando um filme cult e pode ganhar uma versão americana nos próximos anos, resta saber se a nova versão terá algum tipo de retorno não só financeiro, mas sim, cultural.



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Comunidade espiritual de pessoas que vivem juntas




O termo foi criado pelos Eslavófilos Ivan Kireesvsky e Aleksey Khomayakov para reforçarem a necessidade de cooperação entre as pessoas, visando combater o individualismo e levando em conta que os grupos em oposição focam em suas relações, apesar dar diferenças, aquilo que possuem de comum.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Dívidas



ARACC Acessoria Consultoria e Cobranca LTDA

Prezado cliente,

Consta em nosso sistema uma fatura vencida referente ao mês de Março (03/2011),

caso não tenha efetuado o pagamento segue o extrato em anexo.

Agradece a Gerência.

Anexo (Boleto_Bancário-Março.doc) 232 KB

sábado, 8 de janeiro de 2011

Velocidade Máxima 3



Um filme baseado em fatos reais. Tensão extrema, porém com um final heróico capenga.