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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Siouxsie Sioux retorna aos palcos após 10 anos


Por: Ipitácio Oliveira

O ícone britânico Siouxsie Sioux será a atração principal do Latitude Festival 2023 no próximo verão no Reino Unido.

A artista londrina emergiu no inicio da cena punk durante a década 1970 na europa, aparecendo na notória entrevista de Bill Grundy com os Sex Pistols. Fazendo sua estreia no também lendário espaço musical 100 Club.

Siouxsie Sioux foi pioneira em seu próprio estilo musical, se tornando um motor para o estilo gótico.

Um ícone de estilo e música, Siouxsie Sioux não se apresenta no palco há 10 anos - mas ela voltará no próximo verão, com uma das atrações no Latitude.

Siouxsie será a atração principal do BBC Sounds Stage no festival, juntando-se aos outros como o  Pulp, Paolo Nutini e George Ezra.

O diretor do Latitude Festival, Melvin Benn, comentou: “Que privilégio é receber o icônico Siouxsie no Latitude Festival. Siouxsie tem sido uma pioneira duradoura e seu impacto na cultura musical é colossal. Intransigentemente desafiador, o poderoso corpo de trabalho de Siouxsie é incomparável. Nunca houve uma artista ao vivo como ela e provavelmente nunca haverá!

O Latitude Festival 2023 acontecerá entre os dias 20 e 23  (de Quinta a Domingo) de Julho no Henham Park, em Suffolk, no Reino Unido.

Informações sobre o Latitude Festival em: Latitude Festival




sábado, 12 de novembro de 2022

Lorde — Cantora traz ao Brasil a sua energia solar

 


Quem enfrentou a noite chuvosa de uma terça-feira em direção ao aterro do flamengo (Rio de Janeiro) para assistir a apresentação da cantora Lorde, foi recompensado com uma performance memorável da jovem artista original da Nova Zelândia, em sua terceira passagem pelo Brasil e primeira em terras cariocas.

Sem muita espera e com uma animação invejável, Lorde fez um show marcante que manteve o seu público agitado praticamente por todo o tempo que permaneceu no palco. A surpresa com a receptividade de seus fãs era evidente no rosto da artista, que não conseguia esconder o sorriso mais que largo.

Com um repertório que soube mesclar as principais faixas de seus três álbuns ( Pure Heroine – 2013, Melodrama–2017 e Solar Power–2021) , que trouxe um equilíbrio satisfatório, permitindo uma apresentação que ficou dividida entre euforia e comoção. Com o andamento do show, a intensidade se tornava mais acentuada e o público respondia a tudo isso com mais exaltação.

O visual do palco inspirado na cultura Maori e com seu telão que projetava a passagem de tempo com intervalos entre o sol e lua, manteve o clima intimista/festivo com o público, essa proximidade, permitiu que existisse uma relação da artista com seus devotos, fazendo que o concerto, fosse além de uma simples apresentação.

A celebração musical que foi indiretamente uma festa de aniversário, já que a estimada cantora comemorou a sua data de seu nascimento um dia antes. O público aproveitando o espaço entre as músicas deram os parabéns para a artista.

Tendo uma banda que fez um apoio que sustentou  com  precisão em todas as faixas, além de manter parte teatral da apresentação relevante, o que fez uma contribuição essencial para a  toda performance, o show de Lorde no rio de janeiro foi um trabalho celebre.

O caminho mais do que próprio e com a sua criatividade artística,  Lorde, mais do que reafirma o seu lugar na música pop, mas seguindo uma linha particular. Essa quase singularidade acaba se tornando a sua marca pessoal, da qual a artista iria explorar e desenvolver ao longo da sua já promissora.

Lorde encerrou o show carioca de Solar Power com um belo 'Xáu', uma singela despedida, mas cheia de alegria.

Rádio CultFM



Lorde

sábado, 12 de junho de 2021

Garbage

 

Quando apareceram em 1995, o Garbage já chamou a atenção logo de primeira, tanto da  crítica quando do público,  muito desse atrativo é devido as suas letras cheias de ironia, e indiretas que são acompanhadas pela base musical que procurou fugir de clichês misturando o rock alternativo com elementos de música eletrônica. Que na época, teve diferentes classificações, algo que o grupo nunca ligou.

E um dos fatores, se não o principal, foi ter uma vocalista de forte presença no microfone e no palco. Toda a mistura sonora e um jeito mais descolado, deu uma gratificação considerável para a banda, tendo um retorno grande na venda de discos, vários prêmios e longas turnês pelo mundo, além de firmar o quarteto no meio musical sem apelo.

No seu sétimo álbum No Gods No Masters (CD+BOX2CDs+Deluxe—Vinyl— Stun Volume - Infectious Music) o Garbage, apresenta os incômodos e desconfortos com a sociedade e o mundo atualmente. Desfirando todo esse ‘aborrecimento’ por quase todo álbum. Em algumas entrevistas para a mídia brasileira, a cantora afirma essas questões abordadas. Apesar da premissa quase pessimista, há espaço para questões íntimas amorosa, mas sem alarde. Shirley canta as relações que não deram certo.


Apesar da produção mais contida: não há os impactos dos primeiros álbuns e com uma abordagem mais polida em seu som e tendo as músicas sem firulas, deixando o trabalho mais simplista. Musicalmente “No Gods...” é Garbage em sua pura essência: faixas dançantes, guitarras, beats eletrônicos, som alternativo, sensualidade, humor e as infinitas variações sonoras.

Garbage não expõem indícios de algum desinteresse do meio artístico, ou desconsolo, mas uma  certa rejeição e afastamento do que interfere na vida comum, essas observações é  evidenciada através das músicas compostas, que refletem o senso do grupo ao atual comportamento externo. Mas sem perder o seu afinco.

Em um momento marcado por um forte isolamento urbano que interferiu no mercado musical e nas apresentações, o Garbage — que teve até o momento duas passagens pelo Brasil em 2012 e 2016 — traz uma disposição e um ânimo para o seu público. Aqueles que forem adquirir o álbum na versão deluxe, terão um agrado com o disco bônus, que contém algumas surpresas.  

Em tempo, bom disco.

Mais informações: garbage.com






segunda-feira, 12 de abril de 2021

Jean-MIchel Jarre Amazônia

 


Da geração de artistas surgidos na tão rica década de 1970, o músico francês Jean-Michel Jarre, é dos poucos quem mantém uma constante produção musical desde que se iniciou na carreira dos sons eletrônicos.

Jarre nunca escondeu seu lado humanista em seus álbuns; Oxygène (1976) já abordava o tema meio-ambiente e a relação das consequências da ação irresponsável do homem na natureza. E com o tempo, o músico se aventurou por outros temas além da própria humanidade, discursos que foram espalhados pelos seus diversos discos gravados ao longo do tempo.

Aqui em Amazônia (CD/Vinil – Columbia/Sony 2021) Jean-Michel mergulha na instigante e debatida floresta brasileira. O álbum surgiu como trilha sonora para a exposição do fotógrafo Sebastião Salgado, que passou por seis anos registrando em fotos, todo o cotidiano, a flora e fauna da região.

O músico que possui uma base de fãs que esperam por uma apresentação em terras brasileiras há anos, acabaram tendo um agrado com o atual trabalho, mesmo que sua criação sendo desenvolvida por uma forma distante, — Jarre ainda não veio por essas regiões —, traz um ânimo para qualquer ouvinte, já que o meio artístico e entretenimento estão em pausa prologada devido ao isolamento em decorrência do vírus Covid-19 , que afetou não só o lançamento de inúmeros discos, mas as apresentações de vários artistas ao redor do planeta, e o trabalho de Jarre nesse intervalo,  traz um grande frescor.

No álbum, o músico utiliza de toda a tecnologia que tem acesso para recriar o clima da floresta amazônica através de seus samples, sintetizadores e softwares de som, espalhando todo esse ambiente nativo em aproximadamente 55 minutos de música, a imersão de sua atmosfera repleta de ruídos característicos de uma selva, podem ser percebidas com mais detalhes através de fones de ouvido, que torna o aprofundamento auditivo mais realístico.

Sem muito sentimentalismo, Amazônia se apresenta como um individuo fazendo uma grande descoberta de um mundo ainda inexplorado e cheio de surpresas, e Jarre expõem essa revelação por meio de vários recursos.

O novo trabalho do músico francês, sustenta a leitura que se tem sobre a sua obra, apresentando um álbum cheio de energia, vida e inspiração. Ao término do disco, percebemos o elo entre a humanidade e o ecossistema, e Jean- Michel Jarre representou essa existência através de seus sintetizadores.

Mais informações: jeanmicheljarre.com

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Roger Waters mostra inconformismo em “Is This The Life We Really Want?”



Com uma inquietação pública que mantêm desde a época que era integrante do Pink Floyd, o músico Roger Waters volta ao tema do desconforto social em seu novo disco. Visivelmente apreensivo com os rumos que o mundo está seguindo devido a recente gestão, Roger acabou se baseando no atual momento cívico, para desferir a sua desolação com a vigente política internacional. Mas sem abandonar o aspecto do rock progressivo que ajudou a definir durante a década de 1970.

Para a criação desse novo trabalho, Waters baixou um pouco a guarda, e aceitou a ajuda do produtor inglês Nigel Godrich, (que já produziu U2 e Radiohead). Pelas mãos de Nigel, Is This the Life We Really Want? Se apresenta com um álbum modernizado, cheio 'retoques' eletrônicos que são comuns nas produções de Godrich , dando ar mais 'jovem' ao disco. Não que essas atualizações desvirtuem as criações de Waters; o que foi realizado aqui, é na verdade,  uma recolocação musical, mas com as interseções progressivas.

As letras são amarguradas com uma imensa insatisfação contemporânea, além de uma leve reflexão sobre o tempo, e que foi feito dele em vida. Apesar de Waters não demonstrar nenhum vestígios de uma despedia definitiva, o que se percebe é um trabalho mais voltado para uma crônica ou uma analise dos momentos atuais da sociedade. E a política? É um tema recorrente em sua obra. Que aqui nesse novo disco, se encontra implícito.

Mesmo com toda roupagem nova, e com um tema mais do que atual, “Is This the Life We Really Want?”, ainda possui vestígios marcantes dos álbuns clássicos do Pink Floyd, e dando uma grande impressão, da falta de um poderoso solo de guitarra a lá Comfortably Numb. Mesmo sem esse recurso, Roger Waters gravou um disco tão relevante, quanto os do Pink Floyd.

E junto com esse novo álbum, foi aberto na Inglaterra, uma exposição intitulada “Pink Floyd: Their Mortal Remains”, que comemora os 50 anos da banda Pink Floyd, com uma mostra que expõem uma espécie de conexão do grupo com as artes visuais. E quem for visita-la, poderá se deparar com a recriação dos elementos visuais dos álbuns conceituais do Pink Floyd e entender como a banda expandiu o rock progressivo. 

A exposição fica em cartaz até 1º de outubro de 2017.