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sábado, 13 de abril de 2024

Jean-Michel Jarre e Brian May se unem em show gratuito no Festival STARMUS

 


O músico francês Jean-Michel Jarre pode se considera um inquieto dentro do meio musical pelo fato de está sempre envolvido com alguma atividade cultural da qual está inserido artisticamente. E nessas atividades Jarre sempre procura em suas performances trazer algo de significativo.

Com uma apresentação memorável no palácio de Versalhes em dezembro de 2023, Jean-MIchel agora fará uma performance gratuita no evento sobre ciência e educação chamado STARMUS que ocorrerá na cidade Bratislava,  capital da Eslováquia. A apresentação será em parceria com o guitarrista Brian May, um dos fundados da banda de rock Queen, e um dos idealizadores do evento.

O STARMUS é um festival que segundo os próprios organizadores “Tem como objetivo  inspirar e educar a próxima geração de exploradores e regenerar o espírito de descoberta. O Starmus é um festival global de comunicação científica e arte que reúne as mentes mais brilhantes do planeta. Starmus combina arte, música e ciência para aprimorar a comunicação científica. Queremos envolver a humanidade nas maiores questões do nosso tempo.

Esta edição de 2024 do Festival Starmus defende o tema “O Futuro do nosso Planeta Natal”, acentuando o papel vital que a ciência e a arte desempenham na garantia de um futuro sustentável para a Terra. Enquanto a ciência ilumina as verdades do nosso universo, a arte e a música nos inspiram a buscar novas revelações.

O festival reúne ganhadores do Nobel, cientistas e pesquisadores ilustres, astronautas, intelectuais e artistas para trocar conhecimentos enquanto exploramos questões existenciais profundas e urgentes. Foi fundada pelo astrofísico Garik Israelian, PhD, e pelo guitarrista do Queen e PhD em astrofísica Sir Brian May, sob os auspícios do falecido Stephen Hawking. A ciência, muitas vezes referida como a ponte para o amanhã, contém a promessa de avanços transformadores - se abraçarmos as suas descobertas e previsões sem hesitação”.

O STARMUS  ocorrerá entre os dias 12 e 17 de Maio de 2024.

Local: Bratislava (capital) , Eslováquia.

O evento terá transmissão ao vivo pelas redes de TV pública da Eslováquia RTVS National, pela francesa EBU (European Broadcasting Union) e pelo próprio canal de Jean-Michel Jarre no YouTube.

Mais informações em: Starmus.com e  Jean-Michel Jarre

Revista DJ Music

sábado, 6 de abril de 2024

808 State fará apresentação espacial de seu álbum 90

 


O grupo inglês 808 State um dos pioneiros dentro do estilo de Acid House  informou uma apresentação especial para dezembro de 2024 na casa de eventos New Century Hall Manchester. Na qual farão uma performance em comemoração aos 35 anos de lançamento do álbum “90”, trabalho pelo qual ficaram famosos ao redor mundo.

O grupo formado atualmente por Graham Massey , — único membro remanescente da formação original; Andy Barker que ingressou no grupo em 1987, faleceu em Novembro de 2021— relataram que irão tocar material novo em conjunto com as músicas já conhecidas, além de novidades para o ano de 2025.

O 808 State tem um papel muito importante na história da Dance Music contemporânea, pelo fato em ajudar a popularizar o novo estilo de música eletrônica que estava surgindo no início da década de 1990.  Com imenso sucesso que foi a jazzística “Pacific” (1989) , ficando entre as mais tocadas nas rádios inglesas e principalmente  nos clubs ao redor da Europa, o 808 State marcou o seu nome meio musical. se tornando forte referencia.

A apresentação 808 Statr: 90 está agendada para 6 de Dezembro em Manchester, cidade natural do grupo.

Mais informações em: 808 State e New Century Hall Manchester

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Fossora álbum da cantora Bjork ganha edição especial


Foi divulgado o lançamento de uma nova edição do álbum Fossora da cantora islandesa Björk que conta com itens para colecionadores.

O álbum Fossora (2022) foi um grande sucesso de crítica dentro do  mercado especializado em música , do qual colecionou inúmeros  elogios, classificando o trabalho mais recente da  cantora Björk com um dos melhores de sua já extensa carreira, além de agradar em cheio o seu público, mais que seleto.


Agora Fossora ganha uma edição capricha que será item muito cobiçado entre os admiradores da artista islandesa. Pelo  fato da “caixa” conter objetos exclusivos e por ser uma edição limita.

Quem tiver dinheiro sobrando ou quiser arriscar  uma compra a mais nesse fim de ano poderá ser dono de um itens bem caprichado.




Fossora Box Set
(2023)

2 vinis transparentes de 10” (polegadas) com cinco faixas em novas versões

Lenço grande 100% em seda

2 impressões de pigmento (pinturas) em belas artes

1 Livro de pontuação Atopos

1 Livro ilustrado

1 Caderno de música

1 Pôster do alfabeto Fossora

Certificado de autenticidade

Entre outros itens.

Mais informações em: Bjork

domingo, 15 de outubro de 2023

Virada de ano com Kraftwerk


 

O kraftwerk anunciou uma apresentação para o final do ano de 2023 na Itália.

Quem estiver por perto da elegante cidade Rimini na Itália ou com alguma viagem agendada pela região próxima da charmosa província, poderá desfrutar de uma virada de ano caprichada.

que nesta localidade, irá acontecer o Galactica Festival que terá uma variedade de artistas musicais e DJs para animar a passagem de ano dos participantes do evento.

 Segundo o divulgado, a festividade que será realizada por quatro dias na pequena cidade e promete noites ao som de vários estilos de música eletrônica, que irão animar qualquer amante do estilo.

A cidade de Rimini se destaca por está localizada em um belo ponto turístico da costa italiana com vista para o mar Adriático. Essa junção de música e natureza, é uma mistura que proporcionará uma experiência única para qualquer pessoa.

E dentro da história do grupo, é a primeira vez que os alemães fazem uma performance em uma data fora das tours tradicionais que eles sempre realizam ao redor do mundo. Além de poder comemorar a chegada de um novo ano junto com os pioneiros da música eletrônica.

Bom evento.
 

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Coletânea que reúne trabalhos dos artistas pioneiros na música eletrônica indiana finalmente é lançada

Texto original por: Jude Rogers (The Guardian)

Em 2016, o artista e músico britânico Paul Purgas teve sua curiosidade despertada: ele tinha lido que o músico eletrônico David Tudor (1926—1996), um colaborador próximo de John Cage (1912—1992), levou um sintetizador Moog para o National Institute of Design (Instituto Nacional de Design - NID) em Ahmedabad, Índia, em 1969. Isso chamou a atenção de Purgas. As máquinas eram muito novas na época; volumosas, frágeis e um pesadelo para transportar.

Além disso, a Índia, até onde ele sabia, não tinha histórico de música eletrônica antes do lançamento de "Ten Ragas to a Disco Beat" de Charanjit Singh em 1982, que passou despercebido na época, mas foi proclamado um clássico proto-acid house em seu relançamento em 2009.

O artigo que ele estava lendo mostrava o Moog agora, infestado de formigas e desgastado, resgatado por um antigo aluno. Empolgado, Purgas reservou uma viagem para encontrá-lo. Ele acidentalmente descobriu algo maior: um arquivo de gravações esquecidas que não tinham sido tocadas por quase cinco décadas. Isso o levou a uma história fascinante que ele explora em um novo documentário da BBC Radio 3, "Electronic India". "Basicamente, encontrei as raízes da música eletrônica indiana em uma caixa em um armário de biblioteca", ele ri. "Faixas com títulos como 'Space Liner 2001', e outras que pareciam minimal techno duas décadas adiantadas. Eu simplesmente não conseguia acreditar."

Purgas fez sua primeira viagem a Ahmedabad em 2017; é uma cidade empoeirada e movimentada que está mudando rapidamente. "Foi onde Gandhi fundou seu primeiro ashram (retiro espiritual), e também se tornou um campo de testes para novas ideias no pós-independência", explica Purgas. "Tinha muitos edifícios modernistas bonitos, mas alguns deles agora estão em estado de deterioração. É como um sonho do passado da nova Índia."

Central para esse sonho estava uma famosa família de intelectuais radicais, os Sarabhais, que ajudaram a estabelecer o NID. Eles educaram seus filhos com métodos inspirados por Montessori e a Bauhaus, e conviveram em círculos internacionais com arquitetos e designers como Mies van der Rohe, Charles Eames e Le Corbusier (que projetou a casa deles nos primeiros anos após a independência da Índia).

A filha deles, a musicista Gita, teve uma grande influência em Cage, apresentando-o à música clássica indiana, filosofia e ao conceito de silêncio quando se encontraram nos EUA na década de 1940. Como parte de um programa internacional financiado conjuntamente pela Fundação Ford dos EUA e pelo governo indiano, ela também trouxe Tudor para o NID por quatro meses em 1969 para criar um estúdio de som; ele enviou o Moog em caixas de madeira de Nova York.

Apesar do curto período de Tudor lá, o Moog foi usado por estudantes até 1973, como Purgas descobriu quando encontrou uma anotação manuscrita em um caderno amarelado mencionando a existência de fitas na biblioteca do NID. Ele as localizou rapidamente, há muito tempo intocadas e perfeitamente preservadas, com títulos e os nomes de cinco compositores cuidadosamente anotados em suas capas.

Purgas tentou reproduzi-las imediatamente, mas levou um choque elétrico do gravador de Fitas Magnéticas (Reel to Reel) do instituto antes de começar. "Foi um alerta. Eu tinha o ponto zero da música eletrônica para a Índia nas mãos e não sabia nada sobre conservação de fitas." E assim, ele voltou para casa, estudou e escondeu um gravador de Fitas Magnéticas em sua bagagem de mão na volta.

Ao ouvir as gravações cronologicamente, ele ficou surpreso: as aproximações da música clássica indiana deram lugar a composições com nomes como "Pássaros" ou "Bolhas" que comunicavam ambientes naturais por meio de sons sintetizados. "Então, elas se tornaram mais experimentais e livres, como se o Moog estivesse ajudando-as a se desconectar das tradições do país. Elas se tornaram ligadas a ideias do tecno-imaginário e a novos futuros."


Faixas nesse estilo incluíam "Dance Music" de SC Sharma, de 1972, que, com seu ritmo pulsante e melodia sombria, soava como uma faixa do Aphex Twin dos anos 1990. Ou os 30 minutos de "Space Liner 2001", criados pelo único dos compositores que ainda estava vivo, o agora septuagenário Jinraj Joshipura. Purgas o achou em Porto Rico; o momento em que conversaram pela primeira vez está registrado no documentário.

Purgas descobriu uma afinidade imediata com a história de Joshipura: ambos tinham sido estudantes de arquitetura que abandonaram seus interesses em som eletrônico em décadas diferentes porque suas famílias não aprovavam. Purgas retornou a essa paixão mais tarde, enquanto Joshipura não o fez até agora. "Minha família achava que isso não tinha potencial de carreira", diz Joshipura hoje, com um sorriso triste, via Zoom. Isso, apesar de Tudor ter ajudado seu aluno a garantir uma bolsa de estudos  totalmente financiada para estudar nos Estados Unidos.

Joshipura seguiu uma carreira fascinante, abrangendo trabalhos pioneiros em energia renovável, desenvolvimento de software e arquitetura em todo o mundo. No entanto, ele ainda brilha visivelmente quando descreve seu primeiro encontro com o Moog. "Não tínhamos uma TV em casa na época. Fazia todo o meu trabalho com lápis e papel. E de repente, por uma porta, fui transportado da minha realidade muito mundana para esse mundo futurista de eletrônicos exóticos."

Ele explica que não havia uma cena eletrônica colaborativa no instituto, já que a natureza complexa do Moog significava que cada estudante compunha separadamente. Ele também lembra que reconectar os muitos cabos analógicos que compunham cada patch toda vez que reservava um horário levava muito tempo. Joshipura trabalhava das 20h às 23h todos os dias, em uma sessão individual com Tudor, depois desenhava o seu padrão de cabos analógicos com lápis coloridos, para que pudesse se lembrar do que tinha feito.

Space Liner 2001" surgiu porque ele era um grande fã do filme de Stanley Kubrick, "2001: Uma Odisséia no Espaço (1968)". "Eu adoro a 'Danúbio Azul' de Strauss na trilha sonora, mas sabia que músicas como essa não tocariam no espaço. Como o sintetizador estava tão fora de qualquer outra experiência que eu tivera, eu estava pensando mais em criar música que se sentisse fora de tudo, que estivesse à margem da história." De fato, a faixa soa como uma curiosidade da era do Spacelab (1978), a faixa espacial e melancólica do Kraftwerk lançada nove anos depois.

O Moog era um instrumento libertador nesse sentido, oferecendo a um estudante indiano de 19 anos a mesma chance que Ralf Hütter e Florian Schneider (1947—2020) tiveram de criar música livre de qualquer contexto nacional ou histórico, para definir novos caminhos.

Joshipura também ficou fascinado com o potencial revolucionário do Moog. Como jovem estudante, ele tinha grandes planos de sintetizar sons no corpo em associação com osciloscópios, visando avançar na medicina; ajudar a reconhecer padrões na fala de animais, o que poderia auxiliar na tradução; e também usar sons sintetizados para ajudar submarinos a se comunicarem debaixo d'água. "A última ideia mostra que eu era um grande fã de James Bond quando era adolescente", ele ri.

No entanto, essas ideias inovadoras foram o que lhe garantiu a bolsa de estudos que ele não chegou a aproveitar. "O trabalho multidisciplinar ainda não é valorizado da mesma forma", ele diz, com pesar.

Joshipura realmente percebeu que os sintetizadores revolucionariam a música naquela época, embora ele admita que não previu a miniaturização deles. Após nossa conversa, ele me envia um esboço de 1972 mostrando como ele achava que os instrumentos se conectariam a um grande Moog.

Ele acompanhou a música eletrônica ao longo das décadas e gosta particularmente do produtor francês M83. "Ser contatado por Paul também me incentivou a finalmente desenvolver minhas ideias", diz, entusiasmado. "Mas eu teria que trabalhar com um instituto progressista, para que outras pessoas possam dar continuidade ao meu trabalho. Não podemos permitir que o que aconteceu no NID se repita, com tudo sendo simplesmente guardado e esquecido."

Infelizmente, Purgas nunca encontrou o Moog. Dhun Karkaria, o ex-aluno que o resgatou, faleceu durante a produção do documentário. No entanto, o que Purgas encontrou significou muito mais. "Encontrar a alegria da experimentação pura no som se estendendo tanto a leste quanto a oeste, naquele tempo ... dando à Índia uma voz na conversa internacional sobre música eletrônica e perceber que essa história ainda não acabou. Isso significa tudo."

Para ouvir:

NID Tapes: Electronic Music from India 1969-1972 (Band Camp)

O Livro:

Subcontinental Synthesis: Electronic Music at the National Institute of Design, India 1969–1972 (Link)

Fonte: The Guardian

DJ Music Mag