segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A caçada continua....



Sem o mesmo brilho de seu filme original (Predator 1987), porém, muito melhor que as continuações anteriores.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

A love Supreme








From Radom Search Blog

Em 1955, John Coltrane foi convidado por Miles Davis para integrar o conjuto que ficaria conhecido como "primeiro quinteto". Sua presença foi determinante em discos como Relaxin' (56), Cookin'(56), Round About Midnight (55/56) e, principalmente, A Kind of Blue (59), disco em que Miles estabeleceu o formato modal como sua nova forma de experiencia em jazz. A proposta causou um forte impacto e foram os poucos os jazzistas que não fizeram a partir daquele momento suas experiências modais. Nesse sistema, os intervalos estabelecem a hierarquia entre os acordes, e não a progressão entre eles.

Foi um período difícil para Coltrane pois ele enfrentava seu vício em heroína. Por duas vezes foi demitido do grupo de Miles, que logo em seguida se arrependia por considerar o saxofonista insubstituível. Apesar do problema, Coltrane sempre foi muito prolífico lançando discos seus e colaborando com outros músicos além de Miles.

Em 1960, Coltrane abandona o quinteto de Miles e forma um quarteto. É difícil determinar com precisão quantas gravações fez nesses anos todos, mas é certo que algumas delas são indíscutíveis obras primas da história do jazz. My Favorite Things (60), Africa Brass (61), Impressions (61), Ballads (62) e Ascension (65) são alguns exemplos. Mas o disco que definitivamente marcou a carreira de Coltrane foi A Love Supreme (64).

Um disco que reflete a transformação espiritual vivida por Coltrane. Música religiosa de catarse, epifania, transcendência. Os antropólogos sabem que cantos tribais conduzem os envolvidos a comunhões com alguma espécie de essência divinal e foi exatamente isso que o saxofonista buscou. Nesse intuito, ele conseguiu despejar frases intensas e desconcertantes. Em vários momentos Coltrane se entrega quase ao atonalismo num flerte explícito com o free jazz, movimento do qual se aproximaria cada vez mais nos anos seguintes.

Em A Love Supreme, John Coltrane estabelece muitas pontes e as atravessa flutuando.

Infelizmente seu envolvimento com a heroína produziu seqüelas e ele morreu em 67, deixando um legado de incontáveis discos, quase todos recheados por ousadia e experimentalismo. Uma alma em ebulição que conseguiu expressar anseios internos por meio da música sem soar forçado ou piegas.

Recentemente alguns sujeitos criaram uma igreja em torno da figura de Coltrane. Igreja em que ele é o objeto de culto. Não cabe aqui discutir o que leva as pessoas a acreditarem nisso ou naquilo, mas o que parece é que os fiéis da igreja "Coltraniana" não absorveram bem o que o próprio Coltrane entendia por espiritualidade.


Músicos:

John Coltrane: Sax Tenor, Vocal faixa 01

McCoy Tyner: Piano

Elvin Jones: Bateria

Jim Garrison: Baixo


Músicos Convidados:

Archie Shepp: Sax Tenor cd 2, faixas 08 e 09

Art Davis: Baixo cd 2, faixas 08 e 09