terça-feira, 28 de novembro de 2017

Björk Utopia

Expoente de uma safra de artistas que surgiram na década de 1990, que utilizaram da música eletrônica para romper com o padrão musical tradicionalista que reinava no mesmo período, Björk, junto com outros músicos, ajudaram a abrir um novo caminho artístico do qual se mantêm ativos até os dias de hoje. 

Muito desse mérito da cantora, se deve a sua combinação que mescla a estética de musicais americanos em conjunto com os elementos que são comuns aos trabalhos de vanguarda. Essa fusão acaba criando os alicerces que sustentam toda a estrutura de sua obra. Apesar de que a artista não sem mantém presa a fórmulas ou a qualquer tipo de padronização, o que permite a ela, a explorar inúmeros estilos artísticos.

Em Utopia a cantora Björk, original da cidade Reykjavík (Islândia), relata as suas perdas e conquistas da qual passou nos últimos anos, como a sua superação em decorrência do fim de seu relacionamento mais recente. Tema que a artista divide o álbum com uma mensagem de esperança para um momento um tanto conturbado socialmente, incluindo a questão do meio ambiente, assunto que sempre abordou desde o seu primeiro disco Debut (1993).

No álbum, é nítida a mudança em relação aos trabalhos anteriores, que aqui em Utopia a cantora utiliza de uma abordagem mais contida, prevalecendo mais a sua voz, — que sem dúvida, é o principal chamariz, elemento que usa com perfeição —, do que a base musical, deixando o disco quase soando como uma capela.

Os elementos sonoros característicos dos álbuns anteriores de Björk estão presentes, como as baterias picotadas, ruídos eletrônicos, harpas, flautas e instrumentos de cordas, mas todos eles executados de uma forma bem discreta. A cantora conduz a sua sinfonia moderna com maestria e talento pelos 71 minutos do disco, o mais longo de sua carreira até o momento.

Apesar de evocar um mundo imaginário que dá o titulo ao disco, o que percebemos é uma artista inquieta e intensa, que procura se superar a cada trabalho, mesmo que durante a sua jornada, ela esteja marcada por eminentes mudanças, e por várias indagações. Questões que a artista nunca teve receio de expor através de suas músicas. Utopia comprova Björk como uma das artistas mais produtivas e relevantes em atividade.


sábado, 25 de novembro de 2017

Liga da Justiça - Hora de Morfar!

Apesar da mudança na direção em decorrência ao fato ocorrido com o cineasta Zack Snyder (que perdeu a filha durante as gravações), sendo substituído por Joss Whedon, O filme da Liga da Justiça é uma diversão meio que contida do universo da DC Comics no cinema. Mesmo tendo Batman VS Superman com as suas críticas e Mulher-Maravilha com os seus elogios em relação à sua adaptação para o cinema, a Liga entretêm que for assistir.

É explicito os cortes feitos em sua finalização e a mudança no tom do filme, que pelas mãos de Snyder aparentava ter uma abordagem mais sombria, que Whedon mudou para um humor quase forçado e prevalecendo a ação contínua. Algumas cenas importantes acabaram sendo refeitas, que ajudaram a ‘quebrar’ o desenvolvimento da história. Mas essas circunstâncias não rebaixam o longa, apenas o deixa um pouco confuso e com alguns buracos em sua trama.

Com o objetivo em reunir uma equipe de indivíduos dotados de super poderes para defenderem a terra de uma ameaça eminente, o inerte Batman (Ben Affleck), junto com a bela Mulher-Maravilha (Gal Gadot) , são os responsáveis pela criação desse grupo de meta-humanos que depois de alguns atritos, acabam achando o ponto certo de como trabalhar em grupo.

Independente do desarranjo no longa-metragem, o filme é correto em sua trama, apresentando os vários lados de cada heróis e seus contrapontos em meios aos problemas que aparecem durante a projeção, e como cada um lida com as suas limitações e dotes. Mesmo tendo um vilão sem personalidade e com objetivos pífios, o carisma dos super-heróis compensa qualquer falha ou acabamento que se vê na telona.

Ao término do filme, os realizadores conseguiram deixar um final em aberto para futuros novos filmes da Liga , apesar do filme não obter em sua bilheteria de estreia, um resultado satisfatório , e segundo informações publicadas na web, os produtores ainda mantêm a proposta de realizarem futuras adaptações dessa editora de quadrinhos tão admirada quanto a já cult Marvel Comics.

Em tempo, bom filme.