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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Blade Runner 2049



Diferente em sua construção e conteúdo se comparando com o filme de 1982, do qual abordava uma questão existencialista e reflexiva. Blade Runner 2049 é focado nos rumos que a humanidade pode seguir, após mudanças ocorridas no planeta, devido a uma nova catástrofe ambiental.

No longa temos uma expansão no universo do filme anterior, que demonstra o quanto o planeta ficou inabitado, nocivo e caótico, e dentro dessa desordem, existe uma atitude controversa em relação à forma administrativa que será adotada para acertar o prumo da raça humana. 

Em meio a esse jogo político, temos o policial K (Ryan Gosling), que está em missão de aposentar os replicantes “fugitivos” desse sistema, porém em sua tarefa, acaba descobrindo um caso ainda não encerrado. Nessa investigação, K entra em uma espiral repleta de reviravoltas, da qual acaba mudando a sua atitude, e a sua função da qual foi designado. Mudança que o deixa instigado sobre o seu futuro e existência.

O diretor adotou uma abordagem minimalista tanto em seu visual quanto em sua narrativa, prevalecendo tomadas longas, sem muita densidade e com argumentos simples, mas esclarecedor correlacionado aos fatos ocorridos no passando, além de fundamentar o estado vigente da história que temos no filme.

A harmonia entre o elenco, direção e produção é nítida durante toda o longa-metragem, apesar de sua duração extensa para um filme destinado a consumidores da cultura pop, Blade Runner 2049 tem ritmo e dinamismo, mesmo sem ter a agitação necessária que esse tipo de filme pede. O que assistimos, é um trabalho pós-moderno e maduro, se comparando ao mercado atual cinematográfico destinado aos jovens adultos.

Denis Villeneuve provou que é possível fazer uma continuação autêntica sem apelo, que além de respeitar o material original, apresenta ao público consumidor, um produto novo e sólido, sem distorcer o que já foi feito.

Só com o tempo saberemos se essa continuação terá relevância e questões existências similar ao ocorrido com o filme de Ridley Scotty.

Em tempo: bom filme.





domingo, 21 de maio de 2017

Odisséia da Mente

Biografias Editora Aleph e Seoman
Publicado originalmente no ano de 1993 pelo cineasta francês Emmanuel Carrère, e só agora tendo a sua publicação em língua portuguesa pelas mãos da editora Aleph em 2016, a Biografia ‘Eu Estou Vivo e Vocês Estão Mortos’, é o segundo livro sobre a vida do escritor de Ficção-Cientifica norte-americano, Philip K. Dick, a ser publicado no Brasil.

No livro, o biografo descreve Philip como um homem paranoico, que em meio a toda confusão que era a sua mente, tentava manter uma vida normal, porém sem um resultado satisfatório. E dentro desse caos sem cura, Philip tornou-se um escritor de renome, com livros que abordavam o homem em meio ao uma realidade alternativa, ou em um mundo distópico. Mesclando budismo, filosofia e outras doutrinas em sua obra.

O livro de Emmanuel difere em sua abordagem em relação à biografia anterior intitulada ‘A vida de Philip K. Dick’, escrito por Anthony Peake, publicada no Brasil pela Editora Seoman no ano de 2015. Emmanuel recria a vida de Philip com uma linguagem romantizada, quase ficcional. Com o foco na combinação dos fatos principais da vida do escritor, rente com seus universos ficcionais contidos em seus livros. Fazendo com que ‘Eu estou vivo…’ um trabalho quase inédito.

Mas isso não desmerece o livro da editora Seoman, que se apropria de uma abordagem mais analítica e informativa. Contendo uma extensa e minuciosa pesquisa dos livros de Philip K. Dick (também conhecido como PKD) que foram adaptados para o cinema. Apesar de terem tratamentos diferentes entre si, ambas publicações se complementam.

Em uma entrevista para a imprensa brasileira, Emanuel afirma ser um grande admirador dos trabalhos de PKD, e um dos motivos para tal criação dessa elegante biografia do autor de Blade Runner’, foi uma breve crise pessoal e religiosa pela qual o cineasta/biografo passou no fim da década de 1980.

Durante o desenvolvimento da biografia sobre Philip, Emmanuel percebeu que todos os livros de PKD, seriam uma espécie de autobiografia disfarça de Ficção-Cientifica. Devido às inúmeras semelhanças da vida de Phillip com os seus personagens. E segundo o autor, Philip contava a sua vida pelos livros. Falava com o leitor por eles, tudo de uma forma implícita.

Phillp K. Dick
Philip tornou-se escritor por acaso, atividade que mantinha em suas horas vagas. O ofício com a escrita foi forçado como complemento de renda familiar, pois Philip estava sem dinheiro para sustentar a esposa e a filha recém-nascida. E em sua vida como autor de Sci-Fi, não teve o reconhecimento de seus trabalhos. Apesar de receber elogios por ‘UBIK (1969) ’, ‘O Homem do castelo alto (1962) ’ e ‘Valis (1981)’. Com o livro ‘O Homem do Castelo Alto’, ganhou o prêmio Hugo de Ficção-Cientifica, porém seus trabalhos anteriores (manuscritos) foram recusados, alegaram que ninguém se interessaria por aquele tipo de material.

Mesmo com os problemas mentais evidentes, que começaram a surgir logo na adolescência (sofria de Esquizofrenia e Bipolaridade) Philip chegou a liberar os direitos de adaptação para o cinema de ‘Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? (1968)’, que deu origem a Blade Runner (1982). filme que o tornou um autor cult posteriormente.

Em sua vida pessoal, passou por cinco casamentos, todos eles conturbados, devido a sua saúde mental que o impedia de ter alguma harmonia em sua família. Desses casamentos, Philip foi pai de três filhos. Além de seus distúrbios, Philip foi usuário de inúmeras drogas psicoativas, muitas delas para tentar controlar a bagunça que era a sua mente, mas sem efeitos positivos. Devido a essa dependência, Philip passou por inúmeras internações em clinicas psiquiátricas.

Dentro dessas instabilidades mentais, Philip achava que estava sendo vigiado pelo FBI ( uma de suas esposas era filiada ao partido comunista), e em sua mente caótica, pensava que tinha microfone escondido até na caixa de areia de gato. Também foi praticante do I-ching, que sempre o consultava para escrever, gerando assim dúvidas, instigação e pensamento que seriam usados em seus livros. E nesse mesmo período, passou por uma ampla fase esotérica, que o fazia acreditar na existência de um segredo escondido por traz do plano visível, entre outros diferentes tipos de delírio.

Apesar de sua breve existência, PKD ainda gera um grande fascínio naqueles que passam por sua obra, seja ela através dos filmes adaptados para o cinema, pelos livros que escreveu, ou por essas infinitas biografias, que sempre trazem um frescor para essa mente tão inquieta, confusa e criativa, que foi a mente de Phillip K. Dick.

Em tempo, boa leitura.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Future Human

                                 

Philip K. Dick foi um escritor meio que por acaso. Apesar da vida muito confusa e com problemas mentais ( Philip sofria de Bipolaridade e Esquizofrenia), distúrbios que lhe  causaram cinco casamentos e algumas internações.

Sua atividade de escritor era realizado em horas vagas, que no futuro, acabou se tornando o seu sustento em sua breve vida.

Philip não teve o reconhecimento de seus livros em vida, porém deixou um legado interessante e atemporal no mundo da literatura e principalmente na literatura de ficção científica. 

A sua obra acabou sendo descoberta pelo cinema após seu falecimento em 2 de março de 1982, o tornado um autor extremamente cultuado e influente.

Aqui nesse sucinta biografia lançada pela editora Seoman em 2015, temos a vida de Philip (ou PKD) contada desde seu nascimento, até a sua premonitória, iminente e solitária morte na Califórnia, passando pelos problemas de casamentos, família e principalmente a sua mente.  

No livro há  uma grande e precisa análise de sua obra, e sua influência no mercado literário,  assim o colocando no mesmo patamar de outros grande autores de Sci-Fi como Arthur C Clarke, Issac Assimov, Ray Bradbury e H.G. Welles.

Abaixo o Trailer do filme Blade Runner, dirigido por  Ridley Scott  em 1982. Filme que tornou Philip K. Dick famoso.


domingo, 18 de março de 2012

Guerras estelares



Filme Sci-fi italiano feito em cima do grande sucesso que foi Star Wars em 1977.

Na época de seu lançamento, o filme foi massacrado pela crítica que o classificou como um dos piores filmes já feitos para o cinema, com atuações exageradamente caricatas e uma história bem simples, quase infantil. Sem falar de sua produção extremamente precária, que resultou em cenários mal acabados e efeitos especiais desastrosos.

Apesar das críticas negativas (com razão),Starcrash acabou se tornado um filme cult entre os fãs de filmes Sci-fi, e de filmes de baixo orçamento. Nos anos seguintes o filme foi interpretado como uma grande tiração de sarro das grandes produções cinematográficas de Sci-fi/fantasia que já tinham sidos produzidos anteriormente.

Starcrash tem referências a filmes como 2001 - uma odisséia no espaço, Jasão e o Velo de ouro e Barbarella.

Apesar de todos os problemas, Starcrash traz no elenco o vencendor do oscar (2012) Christopher Plummer (Imperador), David Hasselhoff (Simom,o filho do Imperador)e a Pin-Up Caroline Munro (Stella Star) como heroína do filme.