Em Solar Power, a agitação e o clima animado, dá o lugar a um som mais
pensativo e intimista, que reflete o momento de reclusão que a artista manteve
após o fim da turnê do disco Melodrama
de 2017. E como a cantora acabou fazendo
muito sucesso, com apenas 16 anos de idade em 2013 — com o seu primeiro e
elogiado álbum—, um certo período de descanso era mais que obrigatório.
Renovada e com uma nova perspectiva
sobre a vida comum, Solar Power mostra
o caminho que Lorde trilha no atual
momento: divagações sobre amadurecimento, o cotidiano, perdas, desamores e ela própria.
A surpresa durante a audição em “Solar...” é a mudança quase radical na
produção do álbum, no qual abordaram uma pegada pop low-fi e deixando lado por
um tempo, a sonoridade moderna anterior.
O que se ouve é quase um acústico. Mas
essa direção não tira o prestígio de Solar
Power, apenas valida o vigente momento que cantora usufrui, além de
enunciar um futuro horizonte que Lorde
pode seguir.
Os fãs mais puristas podem ter um
desponto, em relação a uma expectativa mais inovadora para o atual trabalho,
devido ao momento que o mercado de música vive, que caminha em constantes
mudanças em diferentes segmentos, Solar
Power foi na contramão desse período recente, apresentando um disco que
pegou todos de surpresa.
A capa, meio que ousada para a
artista que não apelava muito, já indicava mudanças, mas não os direcionamentos
do quais muitos especulavam. A mudança é interna. O passo grande, que na
verdade é um salto, indica novos caminhos que a artista poderá seguir. E os admiradores
da artista, acompanharam os novos rumos a seguir.
Em tempo, bom disco.
Mais informações: Lorde