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quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Rio de Janeiro recebe L7 e Black Flag em única apresentação.


Com um papel importante dentro da cena grunge no início da década de 1990, o grupo L7 se apresenta pela terceira vez no Brasil e dividindo o palco com os brasileiros Mukeka di Rato e o conjunto Black Flag, grupo que fez parte dentro do movimento pioneiro do Punk Rock americano.

Os anos de 1990 apresentaram ao mundo diversos tipos de artistas em várias área do meio musical que causaram uma certa turbulência  com o público mais jovem, muito pelo fato da inquietação e inconformismo  típico do gênero do qual estão associados. 

O grupo feminino  L7 formado na Califórnia (EUA) em 1985, foi um dos conjuntos que ajudou a divulgar o gênero grunge  em parceria com as outras bandas importantes na época como Nirvana, Pearl Jam ,  Stone Temple Pilots entre outros. Além do L7 levantar a banda do movimento Riot Girl/Riot Grrrl (movimento punk feminista). As meninas se apresentaram no Brasil pela primeira vez em 1993 e depois retornaram em 2018.

O Black Flag é uma história a parte dentro do rock alternativo, muito pelo mérito de sua influência em quase todas as bandas undergrounds que surgiram partir da década de 1980. A sonoridade que mistura a fúria punk com temas que incomodavam os integrantes. O conjunto se tornou uma grande referência dentro do circuito alternativo e que até hoje reverbera os seus feitos.
 
As apresentações do L7 estão agendadas para o mês de outubro nos seguintes dias: (20) no Carioca Club São Paulo, (22) Maranhão Open Air 2023 em São Luís, (24) Tork n' Roll Curitiba, (25) Opinião Porto Alegre e (29) Sacadura 154 Rio De Janeiro.

Black Flag: todas as para o mês de outubro: (22) São Luis, Moa Fest (24) Porto Alegre, Bar Opiniâo (26) Curitiba, CWB Hall (27) São Paulo, Carioca Club, (28) Goiânia, Goiânia Arena, (29) Rio de Janeiro, Sacadura 154

Os ingressos já estão à venda através internet.

Mais informações em:
 

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O Cheiro do Espírito Juvenil

Encerrou em 22 de agosto de 2017, a exposição Nirvana: (Taking Punk to the Masses) no Museu Histórico Nacional localizado no centro do Rio de Janeiro, mostra que seguirá para São Paulo, onde ficará até Dezembro.

A exibição é marcada por trazer vários itens que pertenceram aos integrantes da banda Nirvana em seu auge durante a década de 1990.

A exposição conta com objetos de grande relevância, não só para os fãs clássicos do trio, mas principalmente para a nova geração, que só tem contato com os trabalhos do grupo através dos discos, e do que se encontra na web.

O material original, que é exclusivo do MoPOP (Museum of Pop Culture) em Seattle, que conta com 1.200 itens do Nirvana, tiveram apenas 199 objetos liberados para o Brasil. Os outros itens do acervo, tiveram problemas com direitos de exibição.

No entanto o lugar escolhido para a mostra no Rio de Janeiro foi muito pequeno em relação ao tamanho do museu, que acaba gerando um desapontamento naqueles que esperavam um espaço digno do que foi o sucesso do Nirvana no passado, quem visitou o lugar, ficou visível decepcionado.

Mas essa limitação é recompensada através de uma boa dose de fotos originais, fitas-demos, alguns instrumentos inteiros e danificados, contratos, cartas que Kurt escrevia, vários desenhos feitos pelo vocalista, camisetas, cartazes, roupas usadas nos videoclipes, vídeos de depoimento, entre inúmeros outros objetos.

Toda essa história é contada em ordem cronológica, formato que procura explicar de uma forma didática, o que foi o fenômeno Nirvana, e o gênero Grunge em seu ápice. Fica o destaque para o ornamento usado para a capa do disco In Utero (1993), que de todos os itens expostos, é o que mais chama a atenção.

Apesar de incompleto, mas relevante, a mostra procura manter “vivo” o que foi a farra sonora e a sacudida que a banda Nirvana fez no mercado de música pop na primeira metade da década de 1990, um tipo de impacto cultural que dificilmente será repetido tão cedo por algum outro artista ou grupo. Mesmo com uma vida artística bem curta (duraram apenas sete anos), o Nirvana cravou de vez o seu espírito jovem na cultura pop musical.

Em tempo, thanks Kurt.

Nirvana

quinta-feira, 20 de abril de 2017

João Gordo - Viva La vida Tosca.

Escrevi uma crítica/resenha sobre a biografia do vocalista João Gordo da banda Ratos de Porão, que  foi publicada no site da Rádio Online chamada Cult FM. Abaixo o texto na íntegra.

Por Ipitácio Oliveira – Com uma linguagem coloquial, crua e bem objetiva, e com quase toda a narrada em primeira pessoa, o livro João Gordo: Viva La Vida Tosca apresenta em 320 páginas, a vida quase sem salvação (ou tosca, como diz o título) do músico João Francisco Benedan, mais conhecido como João Gordo, vocalista da banda punk Ratos de Porão. E com esse estilo de escrita “punk” adotado pelo jornalista André Barcinski, o livro acaba tendo uma leitura fácil e dinâmica.

André Barcinski além de jornalista é também amigo de João Gordo e autor de outros seis livros, incluindo a biografia do cineasta de filme de horror, Zé do Caixão chamada: Maldito, A Biografia (1999 com reedição em 2015), e aqui nessa bio do carismático vocalista da banda rock, o biógrafo fez uma condensação de dois anos de entrevistas com o próprio artista, amigos, bandas, familiares e uma vasta pesquisa na imprensa musical.

João não vetou nenhum assunto no livro, estão lá todas as suas frustrações, desilusões amorosas, brigas com outros músicos da cena, preconceitos com o movimento punk, prisões, o abuso no uso de drogas, a vida quase sem perspectiva de melhora, conflitos familiares, o passado tenebroso e a sua atual vida como cidadão do bem e pai de família. Tudo contado em ordem cronológica, usando de todo o escracho, gírias e palavrões que são comuns ao vocalista.

Em entrevistas para a imprensa brasileira, João relata que tinha histórias que não se lembrava mais, e um dos momentos mais difíceis, foi recordar os acontecimentos ruins de sua infância na cidade de São Paulo, e a conturbada relação com o pai.

Até antes de sua entrada na extinta MTV Brasil (1990-2013), emissora de TV que ajudou a catapultar o seu trabalho como artista punk e torna-lo “famoso” no meio artístico, João Gordo e Ratos de Porão, eram somente conhecidos pelo público mais underground paulistano. E fora desse circuito alternativo, só sabiam de sua existência, o público mais descolado do mercado musical.

Apesar dessa vida obscura, Ratos de Porão era uma banda que no final da década de 1980, já alcançava um nome dentro da cena underground, chegando a gravar discos e fazer turnês pela Europa. Momentos aqui retratados de uma forma quase desastrosa, já que todos os integrantes da banda, nunca tinham viajado para fora do país, e nenhum deles falava uma segunda língua além do português.

A turnê pela Europa, segundo eles próprios, foi significativa e motivacional. Os membros da banda tiveram contato real com a cena europeia e viram o que precisavam mudar em suas músicas e atitude como artistas musicais. Essas mudanças acabaram influenciando e favorecendo o crescimento do grupo no tão concorrido mercado musical internacional.

Vale o destaque para a excelente edição publicada pela editora DarkSide Books, que apresenta um livro impresso impecável e cheio de detalhes da vida do artista. O livro em seu visual surpreendente consegue em várias páginas, expor a estética suja do Punk, intercalada com o texto escrito por Barcinski. Tal recurso acaba transformando a publicação, indiretamente, em um fanzine de luxo.

Vida Tosca é uma biografia que merece fazer parte de uma estante do leitor que é um ávido apreciador de música. Além de ser um belo registro da vida de uma artista, que já deixou a sua marca registrada na música brasileira.