sábado, 24 de fevereiro de 2018

Klaus Schulze - Silhouettes

O músico e compositor alemão Klaus Schulze, e um dos pioneiros do Krautrock (umas das várias vertentes do rock e da música eletrônica), informa que lançará em breve mais um disco de músicas inéditas.

Com título de Silhouettes o novo trabalho marca o retorno de Schulze ao mercado musical após 5 anos de pausa devido a um problema de saúde. As músicas para esse disco foram escritas em 2016 e, nesse período de descanso e meditação, Klaus afirma: “O resultado foi automaticamente uma fase de reflexão, de retrospecção, de pura contemplação. Na sequência do seu 70º aniversário, você naturalmente se encontra olhando para o seu passado, então o resultado é uma reorientação, uma consciência renovada do que é realmente importante

O artista acrescenta: “Não há grandes distrações, nada para forçar sua atenção em determinada direção, sem grandes efeitos ou truques, sem frescura ou ritmos dominantes. Era importante para mim pintar as imagens na profundidade do espaço, os campos sônicos de tensão e atmosfera“.
Silhouettes tem data para maio de 2018, álbum sairá nos formatos digitais, incluindo CD e em Vinil duplo.

Tracklist:
1 Silhouettes
2 Der lange Blick zurück
3 Quae simplex
4 Châteaux faits des vent

Mais informações em: klaus-schulze.com

DJ Music


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Pantera Negra - Começou na África

O filme Pantera Negra é mais um trabalho correto do universo MCU (Marvel Cinematic Universe) que os estúdios Disney estão levando para o cinema. E esse, sem dúvida, irá agradar em cheio os fãs que gostam de ver em tela grande, a linha de super-heróis menos conhecido do grande público. 

Um dos pontos fortes, e o qual mais teve destaque em sua divulgação, é a formação do elenco, que em sua boa parte, é constituído por atores negros. Que por uma breve observação se torna um tanto óbvia, já que a história do filme se passa em um fictício país africano, do qual detêm a maior reserva do minério chamado Vibranium, metal raro e poderoso que os cientistas de Wakanda, manipulam com maestria, criando uma tecnologia extremamente avançada.

De todos os filmes da Marvel até o momento, esse pode ser considerado o mais sério e político, devido às decisões que são tomadas em meio a uma grande mudança o corrida durante o desenrolar da história, fato que gera um debate ideológico importante, além dos conflitos que acontecem no filme. Porém nada muito profundo, pois se trata de um filme para um público pop.

Apesar de uma abordagem leve, o longa toca em questões importante, como: liderança, o bom uso do conhecimento, preconceito, aceitação de ajuda, caráter e outra questões mais delicadas. O que limita Pantera, é a sua trama longa e cheia de detalhes, que em 2 horas e 15 minutos, fica condensado e com muitos cortes, deixando um gosto de “quero mais”.

As duas cenas pós-créditos, deixa em aberto e aumenta a ansiedade em relação ao filme Guerra Infinita, fase que dará um novo rumo a tão prolifera e divertida saga da Marvel, que desde 2008, vem nos apresentado ótimas adaptações dos quadrinhos para o cinema.

Pantera Negra junto com os outros heróis, já tem o seu nome marcado nas telas.


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Scheila Carvalho Playboy - 20 anos



Lançada em fevereiro de 1998, a edição de N 871 da revista Playboy (Abril, 1975-2015), foi uma das publicações que indiretamente ajudaram a criar um novo caminho editorial para versão brasileira da matriz americana, mudança que acabou tendo resultados positivos em suas vendas e, deixando a publicação como uma das mais procuradas em banca de jornal naquele período.

Essa edição trouxe estampada em sua capa a dançarina Scheila Carvalho, que na época era integrante do grupo de Axé Music chamado É o Tchan!, Conjunto musical que obteve um estrondoso sucesso com o público jovem, muito desse mérito devido as constantes aparições que faziam em inúmeros programas de TV no fim dessa década.

E a Playboy acertou em cheio ao convidar a recente componente do grupo, para posar em suas páginas.  Para essa tarefa chamaram o fotógrafo JR Duran, que ficou célebre pelos registros que fazia ao transpor de uma forma atraente, as mulheres que passavam pela publicação. Duran já possuía um nome de estima no mercado de publicidade, mas foi fotografando modelos para revistas masculinas, que o seu trabalho ganhou um público mais amplo e o status de cult. 

As fotos foram feitas na praia Outeiro (Bahia), o local colaborou para execução da ideia de um ensaio que se assemelha a uma viajem de um final de semana prolongado para um lugar paradisíaco e desabitado, ambiente que convida o visitante a desfrutar da natureza local, de uma forma completa, com uma combinação que mescla o ambiente tropical com o encanto da natural dançarina; dessa união, resulta em um ensaio íntimo e convidativo.

Folheando a publicação, percebemos o cuidado no ensaio em expor a sinuosidade do torso feminino da dançarina, estilo que colaborou para um trabalho que foge da ideia já desgastada de mulher objeto. Essa conduta se mantém pelas 22 páginas da revista, na qual vemos a exposição natural e bastante atraente de sua forma, em conjunto com a evidente simpatia e sinceridade, afinidades que auxiliaram a publicação a ser tornar uma surpresa bem atrativa para aqueles que percorreram as suas primeiras fotos.

Pelo desenho e da forma bem trabalhada da dançarina, observamos praticamente poucas intervenções externas e com pouquíssimos retoques digitais. Esse tipo de cuidado contribui para que as imagens fossem atrativas e, apresentando ao seu público, um porte até então não muito crível harmoniosamente. 

Muito do mérito dessa edição, é devido ao padrão que a publicação se manteve em edições anteriores, que das quais, poucas alcançaram resposta satisfatória quando apareceram na revista. E esse sobressalto se mantém desde a sua capa até a sua última imagem. Gerando elogios para a modelo. Incluindo uma classificação de um retrato real de uma beleza até então pouco conhecida. 

O ensaio não tem observações a movimentos e muito menos uma distorções da realidade, o que assistimos é uma pessoa que tem como objetivo galantear o espectador, e para isso utiliza ao máximo toda a sua aptidão.

Com sua robustez, e, o correto trabalho na junção de todos esses artifícios, em prol de uma edição que acabou gerando frutos positivos tanto para a editora, quanto, principalmente para a sua modelo em questão, o que atestamos, foi uma direção elegante que a revista acabou adotando em suas edições futuras, linha editorial que manteve por um bom tempo até meados da década de 2000.

Com um tempo já passado dessa publicação, ela ainda traz um frescor para uma época em que há um debate relacionado à conduta social e a questões que tratam do feminismo e do empoderamento das mulheres. Revendo a revista, esses quesitos se tornam um tanto desconexos, devido à mudança que ocorreram a esses valores, além de uma afirmação de machismo que recebiam, perfil que a edição nunca teve, que ao contrário do que pensavam, eles sempre valorizam as suas modelos.

A revista vendeu muito bem, Scheila acabou fazendo outras capas para playboy, incluindo posters edições especiais, VHS e DVD. Também apareceu em uma edição caprichada para a revista Sexy e seu mais recente nu é do ano de 2009 para a playboy. 

Mesmo afastada desse meio e mantendo a sua vida com marido e uma filha na Bahia, fica aqui o registro em texto, dessa edição tão cativante e animadora que foi publicada em terras tupiniquins.

Parabéns!


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

AEMA - Amsterdam Electronic Music Academy



A Universidade de Artes de Amsterdã informa que está desenvolvendo uma plataforma educacional chamada AEMA (Amsterdam Electronic Music Academy), em parceria com a The School Of House uma das instituições mais tradicionais com o foco em músicaque tem como objetivo criar um curso todo voltado para o mercado de música eletrônica.

A iniciativa desse empreendimento, saiu das mãos do empresário Duncan Stutterheim, fundador da ID&T responsável pelos festivais  Mysteryland e Tomorrowland.

Segundo o que foi informado, esse curso que tem duração de dois anos, o estudante terá contato com todas as etapas que procedem no mercado musical de emusic, incluindo a história da música eletrônica, técnicas musicais, público, promoção de eventos, habilidades empresarias entre outras atividades, que visam preparar os participantes para uma carreira dentro desse mercado. 

A academia terá participações da agência holandesa Massive Music, uma das maiores empresas focadas no ramo promoções de eventos, incluindo a Armada Music, selo do DJ Armin Van Buuren , além de palestras de artistas como Joris Voorn (progressive) e Tom Trago (house) entre outras figuras da indústria.

As aulas serão ministradas em locais como no A’DAM Tore, uma mistura de hotel e escola de música; a University's Conservatorium, um dos mais tradicionais de Amsterdã; o estúdio Nachtlab (produção musical) e o centro de criação musical e gestão em marketing Q-Factory .

O curso é exclusivo para a cidade de Amsterdã, os candidatos devem apresentar no mínimo três faixas originais, as inscrições serão aceitas até 1º de maio, as aulas começam em setembro de 2018. A mensalidade anual gira em torno de € 10,995.

Mais informações em: Amsterdam Electronic Music Academy

Boa sorte.



quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Mike Paradinas Abre o baú



O produtor inglês de música eletrônica e de IDM (Intelligent Dance Music) Mike Paradinas (µ-Ziq), informa que será lançando em abril de 2018, o seu álbum “perdido” chamado Challenge Me Foolish que foi produzindo no ano de 1999, na mesma época de seu outro trabalho chamado Royal Astronomy.

Esse novo álbum contém 14 faixas e cinco delas em parceria com a cantora japonesa Zamumi, pelo material que foi divulgado, indica que Paradinas estava experimentando novas texturas sonoras e mais melodias em Challenger, uma abordagem bem diferente do que seus contemporâneos do IDM seguiam no final dos anos de 1990.  

Challenge Me Foolish está agendado para o dia 13 de Abril de 2018, e estará disponível nos formatos digitais, incluindo o CD e em vinil duplo.

Mais informações em: Planet Mu
Revista DJ Music

Tracklist
01. Inclement
02. Undone
03. Challenge Me Foolish feat. Kazumi
04. Bassbins
05. Robin Hood Gate
06. Perhaps
07. Durian feat. Kazumi
08. Ceiling
09. Lexicon feat. Kazumi
10. Perfame
11. Playbox
12. Sad Inlay feat. Kazumi
13. Peek Freans
14. DoDaDu feat. Kazumi

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A Forma da Água – No fundo mar, também bate um coração.



O diretor Mexicano Guillermo del Toro sempre deixou explícito em seus filmes, o fascínio por monstros e criaturas fantásticas dentro e fora da ficção, e essa admiração o ajuda a se manter como um dos diretores em atividade que consegue transpor para tela grande, todo esse universo fantasioso e cativante, que esses seres proporcionam.

Em A Forma da Água (Shape of Water - 2017), não poderia ser diferente, del Toro finalmente entrega o seu filme mais correto e significativo de sua já extensa carreira cinematográfica.

Na trama do longa, acompanhamos a vida de uma faxineira muda chamada Elisa Esposito (Sally Hawkins), que trabalha em uma estação secreta militar, local que acaba recebendo uma criatura marítima até então desconhecida. Os militares querem transformá-la em uma arma contra os Russos e os cientistas, querem estudá-la por ser uma nova espécie. Mas a funcionária acaba se envolvendo com a criatura e, dessa relação acaba culminando em uma paixão incontrolável entre a empregada e o anfíbio. Elisa então resolve com ajuda de seu vizinho solitário, a libertá-lo.  

Toro consegue apresentar uma história madura e cativante dentro de um universo fantasioso, mas com um tratamento que foge da linguagem banal muito comum nesse tipo de filme. Como a sua direção é precisa e o roteiro possui um equilíbrio entre drama, ação e a fantasia, o filme se expõe como uma obra deslumbrante ao espectador.

É visível todo o cuidado feito na produção do filme, que consegue recriar toda a atmosfera da década de 1960 e a tensão gerada pela Guerra Fria em seu auge. No aspecto técnico, o filme faz jus a todas as indicações da qual o foi indicado para o Oscar 2018. Nessa parte, del Toro é cuidadoso e, em pouco mais de duas horas de projeção, não se percebe o que é real ou ficção. Logo em sua abertura, já se percebe a atenção que tiveram na realização de todo o filme.

Outro destaque que vale ressaltar é a excelente escolha de elenco, atores em perfeita sintonia com a história. Profissionais que souberam explorar com talento, todas as nuances e motivações de cada personagem, deixando conto o mais próximo ao real.

Apesar de não ser original, e tendo alguns clichês, incluindo as várias referências a outros filmes que abordam o mesmo tema, mas precisamente o cinema de Hollywood da era de Ouro, A Forma da Água, só afirma como atemporal e ainda cativante o sentimento mais puro e transformador que nós possuímos. E mesmo não levando todos os prêmios, “A forma” já se tornou um clássico do cinema contemporâneo.