Já respeitado e com uma carreira
mais do que sólida no meio artístico, Dave
Grohl em conjunto com a sua banda Foo
Fighters, conseguem manter a relevância no tão instável meio musical, que no
atual momento, vive em uma espécie de comportamento receoso e um tanto
alarmista.
Para o novo álbum, convidaram o
produtor Greg Kurstine que já
trabalhou com Lily Allen e Adele, e o disco também conta com
participações de artistas de peso como, Shawn
Stockman do Boyz II Men e do
eterno Beatle Paul McCartney.
Em Concrete and Gold (2017), ouvimos a banda um tanto reflexiva
se comparando com trabalhos anteriores. Essas reflexões são evidentes logo na
primeira faixa “T-shirt”, e no decorrer do álbum, o grupo preserva essas indagações
um tanto pessimistas. Há acertos em faixas que possuem sonoridade mais alternativa,
como “The Sky Is a Neighborhood” e “La Dee Da” que trazem
alguma novidade. As músicas “Dirty Water”, “Arrows” seguem o modelo
básico e clássico do rock, e as restantes praticamente sustentam todo o álbum.
Em outra análise, Concrete
and Gold, soa como sobras de gravações ou de uma coletânea de lado B de
singles, porém com certo capricho e
ousadia. O que se perceber em relação ao estilo mais livre adotado no disco, é
que vemos o grupo tendo a coragem em gravar um trabalho que segue por uma
vertente fora do padrão comercial. Demonstrando o interesse em voltar ao meio
underground de onde a banda se originou.
Apesar de não trazer inovações, o
álbum é uma opção em um ano um tanto repetitivo se tratando de músicas e de
artistas sem muita expressão, mesmo não contendo faixas poderosas como dos
álbuns clássicos e nem do premiado disco Wasting Light (2011), o atual
trabalho soa correto. E dando a grande impressão que Foo Fighters ficaram apenas devendo os hits radiofônicos.