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domingo, 15 de outubro de 2017

Foo Fighters - Concrete and Gold



Já respeitado e com uma carreira mais do que sólida no meio artístico, Dave Grohl em conjunto com a sua banda Foo Fighters, conseguem manter a relevância no tão instável meio musical, que no atual momento, vive em uma espécie de comportamento receoso e um tanto alarmista.

Para o novo álbum, convidaram o produtor Greg Kurstine que já trabalhou com Lily Allen e Adele, e o disco também conta com participações de artistas de peso como, Shawn Stockman do Boyz II Men e do eterno Beatle Paul McCartney.

Em Concrete and Gold (2017), ouvimos a banda um tanto reflexiva se comparando com trabalhos anteriores. Essas reflexões são evidentes logo na primeira faixa “T-shirt”, e no decorrer do álbum, o grupo preserva essas indagações um tanto pessimistas. Há acertos em faixas que possuem sonoridade mais alternativa, como “The Sky Is a Neighborhood” e “La Dee Da que trazem alguma novidade. As músicas “Dirty Water”, “Arrows” seguem o modelo básico e clássico do rock, e as restantes praticamente sustentam todo o álbum. 

Em outra análise, Concrete and Gold, soa como sobras de gravações ou de uma coletânea de lado B de singles, porém com certo capricho e ousadia. O que se perceber em relação ao estilo mais livre adotado no disco, é que vemos o grupo tendo a coragem em gravar um trabalho que segue por uma vertente fora do padrão comercial. Demonstrando o interesse em voltar ao meio underground de onde a banda se originou.

Apesar de não trazer inovações, o álbum é uma opção em um ano um tanto repetitivo se tratando de músicas e de artistas sem muita expressão, mesmo não contendo faixas poderosas como dos álbuns clássicos e nem do premiado disco Wasting Light (2011), o atual trabalho soa correto. E dando a grande impressão que Foo Fighters ficaram apenas devendo os hits radiofônicos.



quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O Cheiro do Espírito Juvenil

Encerrou em 22 de agosto de 2017, a exposição Nirvana: (Taking Punk to the Masses) no Museu Histórico Nacional localizado no centro do Rio de Janeiro, mostra que seguirá para São Paulo, onde ficará até Dezembro.

A exibição é marcada por trazer vários itens que pertenceram aos integrantes da banda Nirvana em seu auge durante a década de 1990.

A exposição conta com objetos de grande relevância, não só para os fãs clássicos do trio, mas principalmente para a nova geração, que só tem contato com os trabalhos do grupo através dos discos, e do que se encontra na web.

O material original, que é exclusivo do MoPOP (Museum of Pop Culture) em Seattle, que conta com 1.200 itens do Nirvana, tiveram apenas 199 objetos liberados para o Brasil. Os outros itens do acervo, tiveram problemas com direitos de exibição.

No entanto o lugar escolhido para a mostra no Rio de Janeiro foi muito pequeno em relação ao tamanho do museu, que acaba gerando um desapontamento naqueles que esperavam um espaço digno do que foi o sucesso do Nirvana no passado, quem visitou o lugar, ficou visível decepcionado.

Mas essa limitação é recompensada através de uma boa dose de fotos originais, fitas-demos, alguns instrumentos inteiros e danificados, contratos, cartas que Kurt escrevia, vários desenhos feitos pelo vocalista, camisetas, cartazes, roupas usadas nos videoclipes, vídeos de depoimento, entre inúmeros outros objetos.

Toda essa história é contada em ordem cronológica, formato que procura explicar de uma forma didática, o que foi o fenômeno Nirvana, e o gênero Grunge em seu ápice. Fica o destaque para o ornamento usado para a capa do disco In Utero (1993), que de todos os itens expostos, é o que mais chama a atenção.

Apesar de incompleto, mas relevante, a mostra procura manter “vivo” o que foi a farra sonora e a sacudida que a banda Nirvana fez no mercado de música pop na primeira metade da década de 1990, um tipo de impacto cultural que dificilmente será repetido tão cedo por algum outro artista ou grupo. Mesmo com uma vida artística bem curta (duraram apenas sete anos), o Nirvana cravou de vez o seu espírito jovem na cultura pop musical.

Em tempo, thanks Kurt.

Nirvana