sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Star Wars - Os Últimos Jedi: Passando o ferro

A saga criada por George Lucas finalmente começa a chegar ao seu fim, mesmo não tendo mais a mão de seu criador em sua obra, o que assistimos é o nascimento de uma nova geração de cavaleiros jedi que tem como missão, manter o equilíbrio da força, mas que dessa vez, com uma outra perspectiva.

O Despertar da Força (2015), foi cercado de grande expectativa pelos fãs da franquia, que por sinal receberam o sétimo filme com louvor e infinitos elogios, apesar do longa trilhar por um caminho fora das aventuras anteriores. E tendo em Rougue One (2016) como evento paralelo em relação a história principal.

Os Últimos Jedi tem a direção  firme e dinâmica similar a de Irvin Kershner (1923 – 2010) em O Império Contra-ataca (1980) , que favorece o desenvolvimento da trama, questão que  incomodava a quem fosse assistir aos filmes posteriores, além de ter sido a grande reclamação na trilogia anterior (1999 – 2005), que nessa segunda parte  — ou oitavo filme — se apresenta coerente e com surpresas.

O diretor Rian Johnson que também assina o roteiro, entrega o longa mais compreensível da nova fase da franquia intergalática, dando um outro lado de toda intriga, além de responder as questões que estavam em aberto em momentos passados, que nesse filme, são revelações surpreendentes para cada personagem. Tipo de abordagem que não foi usada nos outros  filmes, que aqui causam espanto.

Questões morais, conduta e jogo de poder, são o cerne em Os Últimos Jedi , modos que aprofundam o caráter dos heróis e vilões em meio há uma inevitável batalha, que resultará em mudanças significativas em todos  protagonistas.

Relatar somente os embates que se vê, é apenas uma observação um tanto rasa, para um produto que evoca reflexões e escolhas, tipo de pensamento incomum em um meio que tem como função de apenas entreter.

Ao término de Os Últimos Jedi temos a sensação e a esperança, de que o grande conflito final se dará em seu nono e derradeiro episódio. E teremos em tela grande a tão esperada Guerra nas Estrelas.

Em tempo: bom filme.


terça-feira, 28 de novembro de 2017

Björk Utopia

Expoente de uma safra de artistas que surgiram na década de 1990, que utilizaram da música eletrônica para romper com o padrão musical tradicionalista que reinava no mesmo período, Björk, junto com outros músicos, ajudaram a abrir um novo caminho artístico do qual se mantêm ativos até os dias de hoje. 

Muito desse mérito da cantora, se deve a sua combinação que mescla a estética de musicais americanos em conjunto com os elementos que são comuns aos trabalhos de vanguarda. Essa fusão acaba criando os alicerces que sustentam toda a estrutura de sua obra. Apesar de que a artista não sem mantém presa a fórmulas ou a qualquer tipo de padronização, o que permite a ela, a explorar inúmeros estilos artísticos.

Em Utopia a cantora Björk, original da cidade Reykjavík (Islândia), relata as suas perdas e conquistas da qual passou nos últimos anos, como a sua superação em decorrência do fim de seu relacionamento mais recente. Tema que a artista divide o álbum com uma mensagem de esperança para um momento um tanto conturbado socialmente, incluindo a questão do meio ambiente, assunto que sempre abordou desde o seu primeiro disco Debut (1993).

No álbum, é nítida a mudança em relação aos trabalhos anteriores, que aqui em Utopia a cantora utiliza de uma abordagem mais contida, prevalecendo mais a sua voz, — que sem dúvida, é o principal chamariz, elemento que usa com perfeição —, do que a base musical, deixando o disco quase soando como uma capela.

Os elementos sonoros característicos dos álbuns anteriores de Björk estão presentes, como as baterias picotadas, ruídos eletrônicos, harpas, flautas e instrumentos de cordas, mas todos eles executados de uma forma bem discreta. A cantora conduz a sua sinfonia moderna com maestria e talento pelos 71 minutos do disco, o mais longo de sua carreira até o momento.

Apesar de evocar um mundo imaginário que dá o titulo ao disco, o que percebemos é uma artista inquieta e intensa, que procura se superar a cada trabalho, mesmo que durante a sua jornada, ela esteja marcada por eminentes mudanças, e por várias indagações. Questões que a artista nunca teve receio de expor através de suas músicas. Utopia comprova Björk como uma das artistas mais produtivas e relevantes em atividade.


sábado, 25 de novembro de 2017

Liga da Justiça - Hora de Morfar!

Apesar da mudança na direção em decorrência ao fato ocorrido com o cineasta Zack Snyder (que perdeu a filha durante as gravações), sendo substituído por Joss Whedon, O filme da Liga da Justiça é uma diversão meio que contida do universo da DC Comics no cinema. Mesmo tendo Batman VS Superman com as suas críticas e Mulher-Maravilha com os seus elogios em relação à sua adaptação para o cinema, a Liga entretêm que for assistir.

É explicito os cortes feitos em sua finalização e a mudança no tom do filme, que pelas mãos de Snyder aparentava ter uma abordagem mais sombria, que Whedon mudou para um humor quase forçado e prevalecendo a ação contínua. Algumas cenas importantes acabaram sendo refeitas, que ajudaram a ‘quebrar’ o desenvolvimento da história. Mas essas circunstâncias não rebaixam o longa, apenas o deixa um pouco confuso e com alguns buracos em sua trama.

Com o objetivo em reunir uma equipe de indivíduos dotados de super poderes para defenderem a terra de uma ameaça eminente, o inerte Batman (Ben Affleck), junto com a bela Mulher-Maravilha (Gal Gadot) , são os responsáveis pela criação desse grupo de meta-humanos que depois de alguns atritos, acabam achando o ponto certo de como trabalhar em grupo.

Independente do desarranjo no longa-metragem, o filme é correto em sua trama, apresentando os vários lados de cada heróis e seus contrapontos em meios aos problemas que aparecem durante a projeção, e como cada um lida com as suas limitações e dotes. Mesmo tendo um vilão sem personalidade e com objetivos pífios, o carisma dos super-heróis compensa qualquer falha ou acabamento que se vê na telona.

Ao término do filme, os realizadores conseguiram deixar um final em aberto para futuros novos filmes da Liga , apesar do filme não obter em sua bilheteria de estreia, um resultado satisfatório , e segundo informações publicadas na web, os produtores ainda mantêm a proposta de realizarem futuras adaptações dessa editora de quadrinhos tão admirada quanto a já cult Marvel Comics.

Em tempo, bom filme.



domingo, 15 de outubro de 2017

Foo Fighters - Concrete and Gold



Já respeitado e com uma carreira mais do que sólida no meio artístico, Dave Grohl em conjunto com a sua banda Foo Fighters, conseguem manter a relevância no tão instável meio musical, que no atual momento, vive em uma espécie de comportamento receoso e um tanto alarmista.

Para o novo álbum, convidaram o produtor Greg Kurstine que já trabalhou com Lily Allen e Adele, e o disco também conta com participações de artistas de peso como, Shawn Stockman do Boyz II Men e do eterno Beatle Paul McCartney.

Em Concrete and Gold (2017), ouvimos a banda um tanto reflexiva se comparando com trabalhos anteriores. Essas reflexões são evidentes logo na primeira faixa “T-shirt”, e no decorrer do álbum, o grupo preserva essas indagações um tanto pessimistas. Há acertos em faixas que possuem sonoridade mais alternativa, como “The Sky Is a Neighborhood” e “La Dee Da que trazem alguma novidade. As músicas “Dirty Water”, “Arrows” seguem o modelo básico e clássico do rock, e as restantes praticamente sustentam todo o álbum. 

Em outra análise, Concrete and Gold, soa como sobras de gravações ou de uma coletânea de lado B de singles, porém com certo capricho e ousadia. O que se perceber em relação ao estilo mais livre adotado no disco, é que vemos o grupo tendo a coragem em gravar um trabalho que segue por uma vertente fora do padrão comercial. Demonstrando o interesse em voltar ao meio underground de onde a banda se originou.

Apesar de não trazer inovações, o álbum é uma opção em um ano um tanto repetitivo se tratando de músicas e de artistas sem muita expressão, mesmo não contendo faixas poderosas como dos álbuns clássicos e nem do premiado disco Wasting Light (2011), o atual trabalho soa correto. E dando a grande impressão que Foo Fighters ficaram apenas devendo os hits radiofônicos.



quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Blade Runner 2049



Diferente em sua construção e conteúdo se comparando com o filme de 1982, do qual abordava uma questão existencialista e reflexiva. Blade Runner 2049 é focado nos rumos que a humanidade pode seguir, após mudanças ocorridas no planeta, devido a uma nova catástrofe ambiental.

No longa temos uma expansão no universo do filme anterior, que demonstra o quanto o planeta ficou inabitado, nocivo e caótico, e dentro dessa desordem, existe uma atitude controversa em relação à forma administrativa que será adotada para acertar o prumo da raça humana. 

Em meio a esse jogo político, temos o policial K (Ryan Gosling), que está em missão de aposentar os replicantes “fugitivos” desse sistema, porém em sua tarefa, acaba descobrindo um caso ainda não encerrado. Nessa investigação, K entra em uma espiral repleta de reviravoltas, da qual acaba mudando a sua atitude, e a sua função da qual foi designado. Mudança que o deixa instigado sobre o seu futuro e existência.

O diretor adotou uma abordagem minimalista tanto em seu visual quanto em sua narrativa, prevalecendo tomadas longas, sem muita densidade e com argumentos simples, mas esclarecedor correlacionado aos fatos ocorridos no passando, além de fundamentar o estado vigente da história que temos no filme.

A harmonia entre o elenco, direção e produção é nítida durante toda o longa-metragem, apesar de sua duração extensa para um filme destinado a consumidores da cultura pop, Blade Runner 2049 tem ritmo e dinamismo, mesmo sem ter a agitação necessária que esse tipo de filme pede. O que assistimos, é um trabalho pós-moderno e maduro, se comparando ao mercado atual cinematográfico destinado aos jovens adultos.

Denis Villeneuve provou que é possível fazer uma continuação autêntica sem apelo, que além de respeitar o material original, apresenta ao público consumidor, um produto novo e sólido, sem distorcer o que já foi feito.

Só com o tempo saberemos se essa continuação terá relevância e questões existências similar ao ocorrido com o filme de Ridley Scotty.

Em tempo: bom filme.





quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Hermeto Pascoal - Viajando Com O som

A gravadora independente britânica Far Out Recordings, especializada em música brasileira, anunciou via facebook, o lançamento de seu 200º álbum, e para comemorar essa data especial, confirmaram a edição de um disco inédito do multi-instrumentista Hermeto Pascoal chamado “Viajando Com O Som”.

Esse novo trabalho de Hermeto, é uma gravação realizada no ano de 1976 no estúdio Vice-Versa de Rogério Duprat (1932 – 2006) localizado na cidade de São Paulo. E nessa “fita” tem a participação dos músicos: Zé Eduardo Nazario (bateria), Zeca Assumpção (baixo) e Lelo Nazario (piano elétrico), os saxofonistas Mauro Senise, Raul Mascarenhas e Nivaldo Ornelas, Toninho Horta (guitarra) e Aleuda Chaves.

Hermeto decidiu fazer esse “documento”, após uma apresentação no Teatro Bandeirante (SP), da qual a performance durou horas a fio, e sem quebra de ritmo ou pausa. O músico então enxergou uma espécie de conexão espiritual com os integrantes, e percebeu o potencial artístico de cada um. Hermeto identificou que com essa equipe talentosa, poderiam criar novas composições sonoras que alcançassem um “nível mais alto”, tanto em suas estruturas musicais quanto em seus improvisos.

A gravação original foi perdida, mas havia uma cópia feita pelo engenheiro de som que participou dessa “Jam Session” a pedido do pianista Lelo Nazario. Esse registro permaneceu escondido por mais de quarenta anos no estúdio do músico, e só agora essa fita foi recuperada e restaurada.

Viajando Com O Som”, preenche o vazio deixado de uma das fases mais proliferas e produtivas que Hermeto Pascoal já teve. Um dos poucos músicos a criar uma linguagem musical própria com um radicalismo típico de um período experimental. Além de afirmar a década de 1970, como uma das fases mais douradas e ricas que a música brasileira já produziu.

O disco está em pré-venda pelo site oficial da gravadora, e tem data de lançamento para 03 de novembro de 2017.

O álbum sairá nos formatos CD, Vinil e Digital.

faroutrecordings.com

RadioCult FM

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Michael Jacskon - Scream

Em nota divulgada pelo facebook do cantor Michael Jackson (1958 – 2009), informa que será lançando no dia 29 de setembro —via serviço de Streaming, mais um disco póstumo do artista chamado “Scream”.

O álbum  (que na verdade é uma coletânea) contará com músicas clássicas  como: Dirty Daina, Thrillher , Leave Me Alone entre outras. A compilação também terá uma faixa bônus chamada “Blood On The Dance Floor X Dangerous”, um Mashup feito pela dupla de Dance Music White Panda.

Na 74º edição do Festival de Cinema de Veneza , foi exibida uma versão em 3D do videoclipe Thriller (1982), trabalho musical que transformou definitivamente Michael Jackson  como o rei do pop.

Esse é o terceiro disco póstumo do artista americano a ser lançando. Em 2010 tivemos a primeira coletânea chamada “Michael”, e em 2014 a segunda intitulada “Xscape”, que teve o hit “Love Never Felt So Good” . Além do formato digital, “Scream” deverá ganhar versões em CD e no tradicional vinil, tudo agendado para o final de outubro de 2017.

Abaixo você confere a lista completa das músicas que estarão na coletânea:

1.   This Place Hotel
2.   Thriller
3.   Blood On the Dance Floor
4.   Somebody’s Watching Me
5.   Dirty Diana
6.   Torture
7.   Leave Me Alone
8.   Scream
9.   Dangerous
10. Unbreakable
11. Xscape
12. Threatened
13. Ghosts
Bonus Track:  Blood On the Dance Floor X Dangerous (The White Panda Mash-Up)

Mais informações em: michaeljackson.com

Revista DJMusic

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Planeta dos Macacos - A Revolução dos bichos

Quem for assistir ao filme Planeta dos Macacos: A Guerra pelo título, pode ter uma certa decepção, pois não há a batalha que o subtítulo sugere. Que aqui nessa terceira e derradeira  parte, tem o foco nas questões morais do que na vingança. 

De todos os filmes já produzidos desse prelúdio, o terceiro se mostra como o mais distinto em relação aos seus antecessores, muito desse caráter é devido a sua narrativa, e a sua atuação. Como o filmes é desprovido de embates físicos, aliás, até existe, porém, são discretos. Mas o espectador é compensado com uma trama densa e reveladora.

É visível o amadurecimento no desenvolvimento dos personagens, e principalmente de sua trama. Somos apresentados a um Cesar inteligente e estrategista. se comparado aos filmes anteriores, e também vemos o começo da extinção da raça humana devido a proliferação do vírus símio.

Fica o destaque merecido, aos efeitos visuais do filme, que desde o primeiro longa de 2011, sempre se demonstraram inovadores e originais. A parte técnica é  extremamente essencial para que o resultado conclusivo seja mais do que satisfatório nesse tipo de filme.

O autor françes Pierre Boulle (1912-1994) ficaria  contente em ver a sua criação ( La planète des singes, no original, publicada no ano de 1963) ainda gerando boas histórias. e um debate ético. Independente da mídia da qual for adaptada.

O filme original de Planeta dos Macacos (1968), gerou um grande debate no ano que foi lançando, devido a sua visão de um futuro distópico e subversivo no qual os macacos dominam a terra, e a raça humana é tratada como seres inferiores. Apesar do tema abordar uma questão instigante e profunda, Planeta.., foi um grande sucesso nos cinemas e fora da tela grande. Gerando uma série de TV na década de 1970, histórias em quadrinhos, desenho animado, jogos em diferentes plataformas, brinquedos e além de continuações para o cinema.

Em tempo, bom filme.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Jack Kirby 100 Anos!

Jack Kirby (1917-1994) foi um dos principais desenhistas, escritor, roteirista e editor de história em quadrinhos, que junto com Stan Lee,  causaram uma grande influência em inúmeros artistas nas gerações futuras. As produções Kirby, ainda se mantêm  em grande relevância no meio artísticos da cultura pop. 

Em vida, Kirby enfrentou vários problemas em relação aos direitos autorais sobre à criação de seus personagens feitos durante o período em que trabalhava para a editora americana Marvel.Mesmo sem receber valores e os direitos do que produziu, Jack teve seu talento reconhecido pela classe artista e principalmente pelos leitores de quadrinhos, que sempre adquiriram os seus trabalhos.

Quando a editora Marvel quase foi à falência  na década de 1990, por pouco, Kirby não perdeu o rumo de sua vida.  Nesse mesmo período, as leis dos direitos autorais nos Estados Unidos, estavam entrando em mudanças que poderiam favorecer em parte, os autores de qualquer produto audio/visual.

Kirby  chegou a ver de fato o impacto que seus trabalhos tiveram na cultura pop ao redor do mundo, ele sempre elogiou além de ficar muito contente. O artista se despediu das pranchetas no dia 6 de fevereiro de 1994, devido a uma insuficiência cardíaca.

Jack Kirby praticamente ajudou a criar todos os principais personagem que são populares da editora Marvel, como: Capitão América, Quarteto Fantástico, Thor, Hulk, X-Men Clássicos, Vingadores, Surfista Prateado, Galactus, Homem-Formiga, Magneto entre incontáveis outros personagens.

Dono de um técnica na qual prevalecia os desenhos com traços fortes,  expressões dramáticas, exageros nos cenários e uma criação de um universo cósmico, que até então era inexistente, Jack conseguiu causar impacto naqueles que fossem ler as suas histórias, e toda a sua criação ( original ou participativa) direcionada para o papel, fez a cabeça de infinitos leitores ao redor mundo, público que mantém vivo toda a arte original que esse  inconfundível artista expressou por mais de 50 anos.

Parabéns Kirby!

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O Cheiro do Espírito Juvenil

Encerrou em 22 de agosto de 2017, a exposição Nirvana: (Taking Punk to the Masses) no Museu Histórico Nacional localizado no centro do Rio de Janeiro, mostra que seguirá para São Paulo, onde ficará até Dezembro.

A exibição é marcada por trazer vários itens que pertenceram aos integrantes da banda Nirvana em seu auge durante a década de 1990.

A exposição conta com objetos de grande relevância, não só para os fãs clássicos do trio, mas principalmente para a nova geração, que só tem contato com os trabalhos do grupo através dos discos, e do que se encontra na web.

O material original, que é exclusivo do MoPOP (Museum of Pop Culture) em Seattle, que conta com 1.200 itens do Nirvana, tiveram apenas 199 objetos liberados para o Brasil. Os outros itens do acervo, tiveram problemas com direitos de exibição.

No entanto o lugar escolhido para a mostra no Rio de Janeiro foi muito pequeno em relação ao tamanho do museu, que acaba gerando um desapontamento naqueles que esperavam um espaço digno do que foi o sucesso do Nirvana no passado, quem visitou o lugar, ficou visível decepcionado.

Mas essa limitação é recompensada através de uma boa dose de fotos originais, fitas-demos, alguns instrumentos inteiros e danificados, contratos, cartas que Kurt escrevia, vários desenhos feitos pelo vocalista, camisetas, cartazes, roupas usadas nos videoclipes, vídeos de depoimento, entre inúmeros outros objetos.

Toda essa história é contada em ordem cronológica, formato que procura explicar de uma forma didática, o que foi o fenômeno Nirvana, e o gênero Grunge em seu ápice. Fica o destaque para o ornamento usado para a capa do disco In Utero (1993), que de todos os itens expostos, é o que mais chama a atenção.

Apesar de incompleto, mas relevante, a mostra procura manter “vivo” o que foi a farra sonora e a sacudida que a banda Nirvana fez no mercado de música pop na primeira metade da década de 1990, um tipo de impacto cultural que dificilmente será repetido tão cedo por algum outro artista ou grupo. Mesmo com uma vida artística bem curta (duraram apenas sete anos), o Nirvana cravou de vez o seu espírito jovem na cultura pop musical.

Em tempo, thanks Kurt.

Nirvana

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Karl Bartos - Por trás da máquina



O músico alemão Karl Bartos (Ex- integrante da banda Kraftwerk) anunciou para agosto de 2017, o lançamento de sua autobiografia intitulada Der Klang der Maschine – (“O som da Máquina”, em uma tradução livre – Eichborn, 605 páginas). No livro Bartos procura contar a sua história de quando era integrante do kraftwerk durante os anos de 1974 até 1991.

Um dos vários motivos de Bartos escrever essa biografia, surgiu de inúmeras perguntas em relação ao período de quando o músico fazia parte do grupo europeu de música eletrônica.

Dentro do kraftwerk, Bartos foi o hitmaker e coautor responsável pelas faixas “The Robots”; “The Model”; “Tour de France”; “Music Non-Stop” entre outras músicas seminais do quarteto germânico.

Fora da banda, Bartos colaborou com alguns artistas, como no projeto Electronic (1996), o remix para Planet Rock (1992), Music: Esperanto (1993); Moebius Redux – Trilha sonora não lançada (2007), além de seus álbuns solos: Electric: Music (1999), Communication (2003) e Off The Record (2013).

Bartos deve uma rápida passagem pelo Brasil em 2008, se apresentando apenas em São Paulo, Brasília e em Porto Alegre. O livro será lançando em alemão, e deverá ter uma versão em inglês, e até ao momento, não há previsão do lançamento em uma versão para o português.




quinta-feira, 20 de julho de 2017

Conrad Plank - O mago dos sons



Com data de lançamento agendada para setembro de 2017 na Alemanha, o documentário intitulado “Conny Plank - The Potential of Noise” visa desenhar um retrato íntimo sobre o engenheiro de som e produtor musical chamado Conrad Plank (1940-1987); técnico e músico que ajudou a criar e a moldar a estética sonora das principais bandas europeias de Kraut Rock uma das inúmeras vertentes do rock progressivo, durante a tão prolifera e inovadora década de 1970. 

Pelo estúdio de Plank, nomeado Conny Studio, localizado na cidade Köln (Colônia - Alemanha); passaram importantes bandas como: Neu!, Cluster, Kraftwerk, Can, Moebius entre outros vários artistas. Conrad era procurado por diversos músicos nesse período, devido a seu caráter criativo nas técnicas de gravação que empregava e principalmente pela qualidade na mixagem dos discos que produzia em sua fazenda transformada em estúdio.

O filme conta com direção de Reto Caduff em parceria com Stephan Plank, filho de Conrad.
O documentário até o momento, não tem previsão de lançamento no Brasil.

Mais informações em: http://connyplank.com/


Com estreia marcada para setembro de 2017 na Alemanha, o documentário “Conny Plank - The Potential of Noise” tem como objetivo biografar a vida pessoal e profissional do legendário músico e engenheiro de som chamado Conrad Plank (1940-1987), que durante a década de 1970 ajudou inúmeros grupos musicas a produzirem seus álbuns. Pelas “mãos” de Conny passaram artistas como: Cluster, Moebius, Can, Kraftwerk, Neu!, Brian Eno entre outros. 

Plank fez fama por detrás das mesas de som, da qual teve papel importante na construção de toda a identidade sonora das bandas com quem trabalhou em seu estúdio chamado Conny Studio, localizado na cidade de Köln, na Alemanha.

Segundo pessoas próximas ao técnico de som, Conrad era seletivo ao escolher os artistas dos quais iria criar alguma parceria, evitando o desgaste de sua criatividade e mantendo dessa forma, a qualidade musical nos discos que gravava. 

Apesar de possuir um comportamento meio “fechado”, Plank conquistou admiradores pelos discos que produzia, e entrando para a história da música pop, como um dos produtores que modelaram o estilo chamado Krautrock (uma das várias vertentes do rock progressivo) e pelas suas inovações na criação de novos recursos e estilos até então inéditos se tratando de registro sonoro.

O documentário tem o auxílio Stephan Plank, filho de Conrad Plank.

Informações em: http://connyplank.com/