terça-feira, 29 de agosto de 2017

Planeta dos Macacos - A Revolução dos bichos

Quem for assistir ao filme Planeta dos Macacos: A Guerra pelo título, pode ter uma certa decepção, pois não há a batalha que o subtítulo sugere. Que aqui nessa terceira e derradeira  parte, tem o foco nas questões morais do que na vingança. 

De todos os filmes já produzidos desse prelúdio, o terceiro se mostra como o mais distinto em relação aos seus antecessores, muito desse caráter é devido a sua narrativa, e a sua atuação. Como o filmes é desprovido de embates físicos, aliás, até existe, porém, são discretos. Mas o espectador é compensado com uma trama densa e reveladora.

É visível o amadurecimento no desenvolvimento dos personagens, e principalmente de sua trama. Somos apresentados a um Cesar inteligente e estrategista. se comparado aos filmes anteriores, e também vemos o começo da extinção da raça humana devido a proliferação do vírus símio.

Fica o destaque merecido, aos efeitos visuais do filme, que desde o primeiro longa de 2011, sempre se demonstraram inovadores e originais. A parte técnica é  extremamente essencial para que o resultado conclusivo seja mais do que satisfatório nesse tipo de filme.

O autor françes Pierre Boulle (1912-1994) ficaria  contente em ver a sua criação ( La planète des singes, no original, publicada no ano de 1963) ainda gerando boas histórias. e um debate ético. Independente da mídia da qual for adaptada.

O filme original de Planeta dos Macacos (1968), gerou um grande debate no ano que foi lançando, devido a sua visão de um futuro distópico e subversivo no qual os macacos dominam a terra, e a raça humana é tratada como seres inferiores. Apesar do tema abordar uma questão instigante e profunda, Planeta.., foi um grande sucesso nos cinemas e fora da tela grande. Gerando uma série de TV na década de 1970, histórias em quadrinhos, desenho animado, jogos em diferentes plataformas, brinquedos e além de continuações para o cinema.

Em tempo, bom filme.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Jack Kirby 100 Anos!

Jack Kirby (1917-1994) foi um dos principais desenhistas, escritor, roteirista e editor de história em quadrinhos, que junto com Stan Lee,  causaram uma grande influência em inúmeros artistas nas gerações futuras. As produções Kirby, ainda se mantêm  em grande relevância no meio artísticos da cultura pop. 

Em vida, Kirby enfrentou vários problemas em relação aos direitos autorais sobre à criação de seus personagens feitos durante o período em que trabalhava para a editora americana Marvel.Mesmo sem receber valores e os direitos do que produziu, Jack teve seu talento reconhecido pela classe artista e principalmente pelos leitores de quadrinhos, que sempre adquiriram os seus trabalhos.

Quando a editora Marvel quase foi à falência  na década de 1990, por pouco, Kirby não perdeu o rumo de sua vida.  Nesse mesmo período, as leis dos direitos autorais nos Estados Unidos, estavam entrando em mudanças que poderiam favorecer em parte, os autores de qualquer produto audio/visual.

Kirby  chegou a ver de fato o impacto que seus trabalhos tiveram na cultura pop ao redor do mundo, ele sempre elogiou além de ficar muito contente. O artista se despediu das pranchetas no dia 6 de fevereiro de 1994, devido a uma insuficiência cardíaca.

Jack Kirby praticamente ajudou a criar todos os principais personagem que são populares da editora Marvel, como: Capitão América, Quarteto Fantástico, Thor, Hulk, X-Men Clássicos, Vingadores, Surfista Prateado, Galactus, Homem-Formiga, Magneto entre incontáveis outros personagens.

Dono de um técnica na qual prevalecia os desenhos com traços fortes,  expressões dramáticas, exageros nos cenários e uma criação de um universo cósmico, que até então era inexistente, Jack conseguiu causar impacto naqueles que fossem ler as suas histórias, e toda a sua criação ( original ou participativa) direcionada para o papel, fez a cabeça de infinitos leitores ao redor mundo, público que mantém vivo toda a arte original que esse  inconfundível artista expressou por mais de 50 anos.

Parabéns Kirby!

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O Cheiro do Espírito Juvenil

Encerrou em 22 de agosto de 2017, a exposição Nirvana: (Taking Punk to the Masses) no Museu Histórico Nacional localizado no centro do Rio de Janeiro, mostra que seguirá para São Paulo, onde ficará até Dezembro.

A exibição é marcada por trazer vários itens que pertenceram aos integrantes da banda Nirvana em seu auge durante a década de 1990.

A exposição conta com objetos de grande relevância, não só para os fãs clássicos do trio, mas principalmente para a nova geração, que só tem contato com os trabalhos do grupo através dos discos, e do que se encontra na web.

O material original, que é exclusivo do MoPOP (Museum of Pop Culture) em Seattle, que conta com 1.200 itens do Nirvana, tiveram apenas 199 objetos liberados para o Brasil. Os outros itens do acervo, tiveram problemas com direitos de exibição.

No entanto o lugar escolhido para a mostra no Rio de Janeiro foi muito pequeno em relação ao tamanho do museu, que acaba gerando um desapontamento naqueles que esperavam um espaço digno do que foi o sucesso do Nirvana no passado, quem visitou o lugar, ficou visível decepcionado.

Mas essa limitação é recompensada através de uma boa dose de fotos originais, fitas-demos, alguns instrumentos inteiros e danificados, contratos, cartas que Kurt escrevia, vários desenhos feitos pelo vocalista, camisetas, cartazes, roupas usadas nos videoclipes, vídeos de depoimento, entre inúmeros outros objetos.

Toda essa história é contada em ordem cronológica, formato que procura explicar de uma forma didática, o que foi o fenômeno Nirvana, e o gênero Grunge em seu ápice. Fica o destaque para o ornamento usado para a capa do disco In Utero (1993), que de todos os itens expostos, é o que mais chama a atenção.

Apesar de incompleto, mas relevante, a mostra procura manter “vivo” o que foi a farra sonora e a sacudida que a banda Nirvana fez no mercado de música pop na primeira metade da década de 1990, um tipo de impacto cultural que dificilmente será repetido tão cedo por algum outro artista ou grupo. Mesmo com uma vida artística bem curta (duraram apenas sete anos), o Nirvana cravou de vez o seu espírito jovem na cultura pop musical.

Em tempo, thanks Kurt.

Nirvana

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Karl Bartos - Por trás da máquina



O músico alemão Karl Bartos (Ex- integrante da banda Kraftwerk) anunciou para agosto de 2017, o lançamento de sua autobiografia intitulada Der Klang der Maschine – (“O som da Máquina”, em uma tradução livre – Eichborn, 605 páginas). No livro Bartos procura contar a sua história de quando era integrante do kraftwerk durante os anos de 1974 até 1991.

Um dos vários motivos de Bartos escrever essa biografia, surgiu de inúmeras perguntas em relação ao período de quando o músico fazia parte do grupo europeu de música eletrônica.

Dentro do kraftwerk, Bartos foi o hitmaker e coautor responsável pelas faixas “The Robots”; “The Model”; “Tour de France”; “Music Non-Stop” entre outras músicas seminais do quarteto germânico.

Fora da banda, Bartos colaborou com alguns artistas, como no projeto Electronic (1996), o remix para Planet Rock (1992), Music: Esperanto (1993); Moebius Redux – Trilha sonora não lançada (2007), além de seus álbuns solos: Electric: Music (1999), Communication (2003) e Off The Record (2013).

Bartos deve uma rápida passagem pelo Brasil em 2008, se apresentando apenas em São Paulo, Brasília e em Porto Alegre. O livro será lançando em alemão, e deverá ter uma versão em inglês, e até ao momento, não há previsão do lançamento em uma versão para o português.