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terça-feira, 21 de junho de 2016

Aphex Twin - CIRKLON3 [ Колхозная mix ]

O músico, produtor, remixer irlandês Aphex Twin ( Richard David James) liberou recente um vídeo oficial para o seu novo EP intitulado Cheetah.

O curioso do vídeo, é a sua produção e edição, que foi feita por um menino de 12 anos chamado Ryan Wyer, morador da pequena cidade litorânea Rush que fica na Irlanda.  

Aphex Twin acabou encontrado Ryan pela web em seu canal no youtube, do qual Ryan produz vídeos sobre game reviews. Aphex gostou da forma como ele apresenta e edita os vídeos, e o convidou para criar esse inusitado vídeo. 

Este é o primeiro 'Clip' de Aphex twin em 17 anos, desde 'Windowlicker' dirigido por Chris Cunningham em 1999.

O EP de Aphex Twin intitulado Cheetah EP está agendado para ser lançado em 8 julho de 2016 pelo selo musical e produtora de vídeo Warp Records. Cheetah saira em Vinil, CD em fita K7.





sexta-feira, 1 de abril de 2016

Jeff Mills


Em uma entrevista para o site BeatMash Magazine , o DJ Americano JEFF MILLS, conta um pouco de sua experiência ao se apresentar no tradicional museu do Louvre em Paris no ano de 2015, além de sua passagem pelo Rembrandt House Museum em Amsterdã e também comenta sobre o instrumento “The Visitor” (Uma bateria eletrônica) desenvolvido em parceria com artista japonês Yuri Sukuki, que trabalha com arte interativa e design de som. 


Então, vamos começar com seu último lançamento, “The Exhibitionist 2”, Qual evolução artística podemos encontrar nessa segunda edição, em relação ao primeiro? 

Teve um grande avanço na forma como controle os equipamentos (The Visitor). Na primeira edição, o meu foco era mostrar os ‘movimentos’ básicos de um DJ. Para mostrar para o público que estava familiarizado com a forma, de como o DJ organiza a mixagem. 
 
The Exhibitionist 2 toma um passo além do ponto onde o DJ começa a modificar a situação com objetivo de expressar sua personalidade, então a improvisação era o foco. Eu gerenciei isso apenas “ligeiramente” preparando o que ia fazer a cada filme. 
 
Há alguns meses, você se ‘trancou’ no estúdio Rembrandt, como foi a experiência? Qual foi a sua contribuição?
 
E um lugar onde Rembrandt criou inúmeros trabalhos, e a sensação de ir para lá foi uma experiência muito animadora para mim.  Como alguém que cria uma carreira, eu sei o tão importante é o lugar, onde as ideias nascem. 
 
É um espaço especial onde as ‘coisas’ são concebidas e feitas a partir de algo, do nada para alguma coisa. Um espaço onde é permitido liberar a sua mente e deixar acontecer. 

Ano passado (2015) você trouxe a música eletrônica para o Louvre e em breve abrirá na Alemanha o museu da música eletrônica (MOMEM) e um outro em Berlin pelo mesmo fundador do Tresor. O que você acha dessas atividades e o que elas contribuem para a cultura da música eletrônica?

Eu acho isso fantástico e muito importante, não só para a Dance Music, mas para a música em geral. E está com o pensamento que se tinha na década de 1980, que era informar o maior número possível de pessoas sobre essa arte e gênero (música eletrônica). Espero ver mais dessas instituições relacionadas à música eletrônica.  

Como foi a sua residência no Louvre? Como foi a experiência? Qual a opinião do público não especializado em música eletrônica? 

A experiência foi ótima. Basicamente, eu tive liberdade e acesso livre para criar qualquer coisa que quisesse. E foi uma enorme honra e responsabilidade, pois o Louvre é um dos mais prestigiados museus do mundo.  

Você sempre teve um grande interesse sobre o universo e a da vida fora da terra. A sua obra gira em torno dessa ideia, como o seu recém-criado “The Visitor” com Yuri Sukuki, inspirado na observação de um OVNI. Qual é a conexão entre o universo e a música eletrônica. 


Eu sei que o espaço é o que está ao redor da terra, e é uma grande parte da nossa vida humana, eu acredito que o universo não está só relacionado com a música, mas sobre tudo que fazemos e criamos tudo que planejamos e esperamos. Então, não creio que minha atenção seja especial ou única.


Aqueles que estão envoltos em sublinhas da vida, estão perdendo o grande ponto da existência.  Humanos são mentalmente designados “para viver mais um dia” e para fazermos isso, nós temos que estar preparados. Para considerar qualquer coisa que está em volta de nós, para saber se estamos progredindo para os nossos objetivos. 

Agora, muitos de nós, têm o senso que o controle do clima da terra está com um problema. Por isso a atenção de outros é visto com mais frequência. Se eu puder usar a música para trazer atenção para esse tema, então eu acredito que minhas ‘ações’ estão sendo relevantes para alguém. 

Você acha que existe pessoas que mantém o medo em considerar que não estamos sozinhos no universo? 

Os humanos foram ensinados a temer o desconhecido. E esse temor de ‘outros’ é  lembrado constantemente e nós deixa mais confortável.

Eu acredito que isso é uma doutrina que foi criada e aperfeiçoada ao longo dos séculos. E o objetivo é nos condicionar desde o nosso nascimento. Ironicamente, o mesmo tipo de medo que nos mantém vivos, é o mesmo que nos mantém ‘presos’, como uma espécie social. É uma domesticação do medo. 

Como você se prepara cada sessão? Você tem algum ritual antes de subir no palco?

Não. Não realmente. Cerca de 60 minutos antes, eu começo a pensar e imaginar várias formas do que vou fazer. Não oração ou coisa do tipo. Eu olho para a situação mais de uma forma terapêutica e prática. Uma tarefa que pode trazer algo espiritual se caso tudo ocorrer bem. 

Você se apresentou algumas vezes junto com uma Orquestra Sinfônica. O que ela te ofereceu musicalmente?
 
É uma experiência especial, pois a ocasião convida ao som, ritmo e a texturas que podem ser incluídas em uma máquina humana (de uma orquestra corporal). 

Mentalmente, ele me permitiu ver a funcionalidade da orquestra de uma forma imersiva, bem próxima. Eu pude mudar para música eletrônica e aplicar o ‘Felling’ que faço normalmente como DJ, como músico.

Há um grande debate entre a nova e antiga forma de discotecar. Alguns acham que alguém que toca com vinil pode ser um bom DJ, e se ‘apresentar’ com novas tecnologias, o te faz um DJ ruim. Qual a sua opinião sobre isso?

Minha opinião sobre o que é um ‘bom’ DJ, não é pelo formato que Eles/Elas usam. Mas se ele simplesmente tem talento. ‘Tocar’ usando vinil, não te diz que você é uma pessoa talentosa. Você não pode comprar isso.
 
Qual a diferença que você vê entre o atual público e da década de 1990? Você acha que o público atual está menos exigente?
 
Sim, eu acho que há menos DJs e artistas exigentes. Especialmente quanto ao avanço em tecnologia nos equipamentos/instrumentos, que permitem que os artistas e DJs sejam mais criativos. O que eu vejo e escuto, não combina com o que eu sei que é possível. 

Se você não fosse músico, o que seria?
 
Eu realmente não tenho certeza, mas alguma coisa que me permitisse ser livre para criar...
 
Se você tivesse o Delorean do filme De Volta Para o Futuro, para onde gostaria de viajar?
 
Eu viajaria para o futuro. No exato momento em que os seres humanos percebem o verdadeiro significado do  porquê de estarmos aqui.
 
Fonte:  BeatMash Magazine

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Miles Davis e a Playboy


Se os ensaios de Playboy são compostos por mulheres que perturbam a mente e outras partes do corpo de qualquer homem (ou mulher de bom gosto), a Entrevista serve para lembrar que a vida não é feita só de lindas mulheres nuas em poses provocantes se insinuando para nós. O Entrevistão de Playboy — como é apelidado — é uma das áreas mais nobres do jornalismo, já que é ali o lugar em que políticos, artistas, pensadores e intelectuais encontram espaço para debater ideias, explicar mal entendidos e se mostrar sem rodeios ao público. A quantidade média de 8 páginas permite isso. Por ali, passaram nomes como, Fidel Castro, Marlon Brando, Martin Luther King, Jr., Jean-Paul Sartre, José Saramago, Nelson Rodrigues, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Sandy, claro. 

Mas, como tudo na vida, houve uma primeira vez. E o estreante não poderia ter sido mais cool do que o trompetista de jazz Miles Davis, que inaugurou o esquema clássico de “uma conversa franca” e três retratos em preto e branco, em setembro de 1962. 

Àquela altura, Miles já havia lançado álbuns que entrariam para a história como The Birth of the Cool (gravado entre 1949 e 1950), Kind of Blue, de 1959, e mudado o rumo da música, como ele mesmo afirmou no dia em que foi a um jantar na Casa Branca, em 1987: sentado na mesa de uma “esposa de político”, a mulher perguntou: “O que você fez de tão importante em sua vida? Por que está aqui?”, ao que ele respondeu: “Bem, eu mudei a música cinco ou seis vezes”. Sim, com incursões do punk à bossa nova e influências de artistas variados como Jimi Hendrix, Miles não só deu fôlego novo ao jazz como à música de modo geral. Apesar de ser um artista influente e ter nascido em uma família bem de vida, Miles sentia o incômodo que a cor da sua pele despertava na América. Seu pai podia ser um cirurgião dentista bem sucedido e sua mãe uma elegante tecladista e violonista que vestia casacos de mink e diamantes, mas os conflitos raciais o faziam lembrar a todo tempo quem mandava nos Estados Unidos. Ter crescido no violento e preconceituoso estado de Illinois nas décadas de 1920, 30 e 40 o fez desconfiar dos brancos que se aproximavam. 

Logo, por considerar a PLAYBOY uma “revista de brancos”, ele não viu com bons olhos os pedidos para conceder uma entrevista. Talvez ele não percebesse o esforço de Hugh Hefner não só pela liberdade sexual como pela integração entre brancos e negros. Hefner, já naquele tempo, era cego para a cor da pele das pessoas e fazia questão de mostrar isso nos Playboy Club ou no programa de TV Playboy’s Penthouse, do início da década de 1960, nos quais fazia o “absurdo” de misturar gente de raça diferente no mesmo ambiente. 

Foi nesse contexto que Hefner sentiu a necessidade ter uma seção de entrevistas na revista e pediu para seus editores caçarem materiais não publicados nos arquivos. Assim, apresentaram um manuscrito do jornalista Alex Haley, futuro vencedor do prêmio Pulitzer, entrevistando Miles. Hefner se surpreendeu com a conversa dos dois homens negros que girava em torno de racismo e dos conflitos raciais da América. E achou que seria interessante publicar um diálogo como esse. 

Em sua autobiografia, Miles contou como aconteceu a negociação: “Antes da última sessão do [álbum] Quiet Nights, em novembro, eu finalmente concordei em dar uma entrevista à revista PLAYBOY. Marc Crawford, que tinha escrito uma matéria sobre mim para a [revista] Ebony, me apresentou a Alex Haley, que queria fazer a entrevista. À princípio, eu não queria aceitar. Então, Alex perguntou: ‘Por quê?’. Eu disse a ele: ‘É uma revista de brancos. Gente branca geralmente te faz perguntas só para entrar na sua mente, para ver o que você pensa. E depois eles não querem te dar o crédito por pensar no que você disse a eles’. E então eu disse a ele que o outro motivo pelo qual eu não queria dar a entrevista era porque a Playboy não tinha mulheres negras, ou morenas ou asiáticas. ‘Tudo o que eles têm’, eu disse, ‘são loiras com peito grande e bunda reta ou bunda nenhuma. Quem quer ver essas porras o tempo todo? Caras negros gostam de bunda grande, você sabe, e nós gostamos de beijo na boca, mulheres brancas não têm boca para ser beijada’. Alex falou comigo, foi até a academia comigo, foi até para o ring comigo e levou algumas porradas na cabeça. Isso me impressionou. Então, eu disse a ele: ‘Escuta, cara, por que eles não me pagam para eu responder tudo o que eles querem saber?’. Ele disse que não poderiam fazer isso. Então, eu disse que se eles pagassem 2 500 dólares a ele para fazer o trabalho, eu toparia. Eles concordaram e foi assim que conseguiram a entrevista.” 

 Durante a entrevista, é claro que o jornalista tocou no assunto de música e sobre como Miles gostaria de apenas tocar seu trompete em paz, mas a maior parte do papo foi sobre questões de raça e os preconceitos que o músico sofria desde os tempos do colégio. Isso pode passar desapercebido hoje, mas ceder um espaço assim em uma “revista de brancos”, na época, representou um ato polêmico de coragem. Até porque, naquele tempo, negros ainda eram segregados e brigavam para ter os mesmo direitos civis que o resto da população americana. No ano seguinte, 1963, Martin Luther King faria o histórico discurso “Eu tenho um sonho”, no qual falava da possibilidade da existência pacífica entre brancos e negros no futuro. Em 1964, a Lei dos Direitos Civis foi decretada, o que, entre outros direitos, permitia que cidadãos negros pudessem frequentar os mesmos lugares que os brancos. Nada que a PLAYBOY já não tivesse empenhada em fazer acontecer.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sons

Joihn Cage definiu Henry Dixon Cowell (1897-1965) como "o abre-te Sésamo da Música nova da América". Teórico dos "cachos de sons" (agregados sonoros produzidos no piano com emprego do antebraço, do punho ou da mão espalmada), produziu uma bela e instigante música, definida assim pelo compositor e crítico Virgil Thomson: "Sua música não é complexa, mas canta.

Não é extremamente refinada, mas tem estrutura. Não é também extraordinariamente ambiciosa, mas tem presença. E nunca é artificial ou vulgar ou obtusa ou falsamente inspirada". Gosto muito deste som. (Fonte: "Música de Invenção". Augusto de Campos. Ed. Perspectiva.1998)


domingo, 8 de julho de 2012

O cheiro do espírito juvenil



Nirvana foi uma banda americana de rock formada pelo vocalista e guitarrista Kurt Cobain e pelo baixista Krist Novoselic em Aberdeen em 1987. Vários bateristas passaram pelo Nirvana, sendo o que mais tempo ficou na banda foi Dave Grohl, que entrou em 1990.

No final da década de 1980 o Nirvana se estabeleceu como parte da cena grunge de Seattle, lançando seu primeiro álbum, Bleach, pela gravadora independente Sub Pop em 1989. A banda eventualmente chegou a desenvolver um som que se baseava em contrastes dinâmicos, muitas vezes entre versos calmos e barulhentos, e refrões pesados.

Depois de assinar com a gravadora DGC Records, o grupo encontrou o sucesso inesperado com "Smells Like Teen Spirit", o primeiro single do segundo álbum da banda, Nevermind (1991). O sucesso repentino da banda amplamente popularizou o rock alternativo como um todo, e como o vocalista da banda, Cobain se encontrou referido na mídia como o "porta-voz de uma geração", com o Nirvana sendo considerado a "principal banda" da Geração X. O terceiro álbum de estúdio do Nirvana, In Utero (1993), desafiou a audiência do grupo, apresentando um som abrasivo, menos mainstream.

A breve duração do Nirvana terminou após o suicídio de Cobain em 1994, mas vários lançamentos póstumos têm sido emitidos desde que, supervisionados por Novoselic, Grohl e pela viúva de Cobain, Courtney Love. Desde a sua estréia, a banda já vendeu mais de 50 milhões de álbuns em todo o mundo, sendo que 25 milhões foram vendidos só no Estados Unidos (dados até 2002).