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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

A Ascensão Skywalker — Enfim, sossego.


Longe de ser um caça-níqueis ou um filme escapista, “A Ascensão Skywalker” (Disney - 2019) fecha saga intergaláctica criada por George Lucas (que estreou nos cinemas durante a década de 1970) porém com algumas mudanças, mas nada radical.

O filme anterior “Os Últimos Jedi” (2017) sofreu inúmeras críticas e deixou os fãs da franquia divididos, as reclamações afetaram a produção do longa posterior, causando alterações em sua criação e mexendo na história original. A alegação dada se baseou na abordagem adotada que causou um desfecho morno, incluindo o desperdício de personagens, uma linguagem não muito complexa, em com um roteiro sem ousadias. Deixando a trama em si, quase monótona. Aqueles que esperavam por um impacto mais forte, se decepcionaram.

J.J. Abrams diretor de “O Despertar da Força” (2015), teve a incumbência de trazer a saga de volta ao seu prumo, e a amarrar as pontas soltas deixadas pelos filmes antecessores e gerar um ânimo no filme final.

O mote em “A Ascensão Skywalker” se dá com a notícia da volta de Palpatine (que ainda está vivo) e planeja o retorno do Império Galáctico. Kylo Ren/Ben Solo (Adam Drive) agora como líder supremo, cai nas graças de Palpatine sendo o seu novo arauto, e tendo a missão de trazer a Jedi Rey (Deisy Ridley) para as mãos do imperador. Em paralelo a essa persuasão, os rebeldes preparam um novo contra-ataque à Palpatine e ao seu imenso exército.

Abrams fez um arremato de toda a história, condensado em 2 horas em 21 minutos, nesse aperto, as referências da saga ficaram bem escondidas, deixando pontos principais à deriva, prevalecendo o drama e as dúvidas da personagem central, do que a conclusão da própria história. Essa abordagem, novamente não agradou aos fãs, que queriam um produto similar ao antigo.

Tirando esses quesitos, o filme é um trabalho corajoso em encerrar a franquia que quando surgiu, mexeu com a indústria cinematográfica e merchandising, criando uma vertente rentável até hoje para o mercado de cinema. Um modelo de negócio até então inédito.  Além dos desdobramentos que a história possui, gerou diversos produtos em várias mídias e artigos  como jogos, roupas, brinquedos, parque temático e etc.

Ao término do longa, a saga criada por George Lucas se encerra, mas pelas mãos de outros realizadores e sem o embate que cada um imaginava. O seu final brando e sentimental, deixa as portas abertas para uma nova história. 

Em tempo, bom filme.


quarta-feira, 30 de maio de 2018

Han Solo — Altas Confusões.

Cultuado pelo seu caráter livre e de uma grande autoconfiança Han Solo foi conquistando fãs com o passar do tempo, e o seu passado, que até então, era quase lendário, finalmente é explorado em um trabalho um tanto irregular.

Durante a sua gravação, houve mudanças internas que resultaram na substituição dos diretores Phil Lord e Chris Miller (LEGO Batman: O Filme – 2017) por Ron Howard (O Código Da Vinci – 2006), que refez algumas cenas e mexeu em seu desfecho, mas nada que prejudique o resultado final do filme. Solo se encaixa ‘em parte’ na mística criada entorno do personagem.

Han Solo: Uma História Star Wars (Disney)  assistimos as motivações e as reviravoltas que ocorrem durante a vida agitada do futuro piloto e aliado dos rebeldes contra o império galáctico, e como Han tenta sobreviver em meio a toda essa confusão. E tendo em mente, que tudo acontece, se passa durante uma inevitável guerra interplanetária, na qual há uma centelha de esperança em meio a esse caos completo. Todos esses conflitos são permeados por um jogo interrupto de poder e chantagem.

Nesse imenso fogo cruzado recheado de trapaceiros e oportunistas, quem sobrevive, são aqueles que se adaptam melhor em relação a esse ambiente hostil, e para isso, são obrigados a usar de inúmeras estratégias e muita inteligência, habilidades que aqui Han Solo se sobressai.

O enredo que se vê em tela, permite aos personagens uma opção para evitarem a batalha, mas as razões para essas negações são ingênuas. E os nossos heróis acabam mergulhando de corpo e alma nesse jogo fatal.

Apesar da premissa interessante, temos deslizes em seu roteiro: o que era para ter embates severos com um clima sombrio e agressivo, foi diluído para uma aventura despretensiosa e amistosa entre amigos. A narrativa é mais calma que o tradicional — é o episódio mais didático da nova franquia Star Wars —, e essa abordagem não agradou ao público de primeira, que esperava por uma movimentação intensa em seu desenrolar. Han Solo é imperfeito.

Os melhores momentos são marcados pelos encontros que se transformam em amizades, como no caso de seu parceiro Wookie Chewbacca (Joonas Suotamo) e o igualmente ‘espertalhão’ Lando Calrissian (Donald Glover), do qual Solo, obteve a sua nave Millenium Falcon.

De restante, o filme fica em ponto morto, quase sem rumo. É visível o empenho Howard em tentar arramar todas as pontas soltas deixadas pelos antigos diretores, que focaram em linguagem mais cômica, tratamento que desagradou a produtora e chefe Kathleen Kennedy, que os substituiriam quando assistiram uma parte do filme pronta.

Os próprios atores não mantêm a seriedade de seus personagens, dando a entender que havia um clima de humor no set em relação as atuações, deixando o ambiente descontraído, ou simplesmente não levaram nada a sério o trabalho, já que não há uma solidez na história.

Afora as falhas, falta de ousadia e a bagunça em sua produção, Han Solo tem o seu mérito por apresentar  no cinema, como esse ‘malandro’ espacial e tão carismático surgiu.





sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Star Wars - Os Últimos Jedi: Passando o ferro

A saga criada por George Lucas finalmente começa a chegar ao seu fim, mesmo não tendo mais a mão de seu criador em sua obra, o que assistimos é o nascimento de uma nova geração de cavaleiros jedi que tem como missão, manter o equilíbrio da força, mas que dessa vez, com uma outra perspectiva.

O Despertar da Força (2015), foi cercado de grande expectativa pelos fãs da franquia, que por sinal receberam o sétimo filme com louvor e infinitos elogios, apesar do longa trilhar por um caminho fora das aventuras anteriores. E tendo em Rougue One (2016) como evento paralelo em relação a história principal.

Os Últimos Jedi tem a direção  firme e dinâmica similar a de Irvin Kershner (1923 – 2010) em O Império Contra-ataca (1980) , que favorece o desenvolvimento da trama, questão que  incomodava a quem fosse assistir aos filmes posteriores, além de ter sido a grande reclamação na trilogia anterior (1999 – 2005), que nessa segunda parte  — ou oitavo filme — se apresenta coerente e com surpresas.

O diretor Rian Johnson que também assina o roteiro, entrega o longa mais compreensível da nova fase da franquia intergalática, dando um outro lado de toda intriga, além de responder as questões que estavam em aberto em momentos passados, que nesse filme, são revelações surpreendentes para cada personagem. Tipo de abordagem que não foi usada nos outros  filmes, que aqui causam espanto.

Questões morais, conduta e jogo de poder, são o cerne em Os Últimos Jedi , modos que aprofundam o caráter dos heróis e vilões em meio há uma inevitável batalha, que resultará em mudanças significativas em todos  protagonistas.

Relatar somente os embates que se vê, é apenas uma observação um tanto rasa, para um produto que evoca reflexões e escolhas, tipo de pensamento incomum em um meio que tem como função de apenas entreter.

Ao término de Os Últimos Jedi temos a sensação e a esperança, de que o grande conflito final se dará em seu nono e derradeiro episódio. E teremos em tela grande a tão esperada Guerra nas Estrelas.

Em tempo: bom filme.