domingo, 20 de maio de 2018

Cobra Kai - A Saga Continua

Apesar de falhas como situações forçadas, diálogos sem muita profundidade e a sua produção barata, a web série entrega o prometido. Em meio a atual enxurrada de conteúdo áudio visual, do qual fica difícil para o espectador acompanhar tudo o que é feito, Cobra Kai (youtube/Sony – 2018) se destaca não pela originalidade, mas pela ousadia em recriar uma ‘nova’ história pra uma já encerrada.

Não espere atuações brilhantes ou algo grandioso. Mas o produto em si, entretém. Os saudosistas de mente mais aberta apoderam se divertir em rever os personagens que em outrora tiveram um destaque entre o seu público longínquo. Que aqui retornam com uma vida bem diferente se comparando com a sua ingênua juventude oitentista.

Na trama, vemos o destino que os principais personagens tiveram após o grande torneio de Karatê, do qual foi um divisor de águas para ambos lutadores. Mais três longa-metragem foram produzidos e o remake em 2010, mas essa web série aborda somente a história do filme de 1984. Ignorando os filmes derivados.

Os roteiristas atualizaram os valores dos jovens para criar um embate entre gerações, mas o tratamento é panfletário e didático, sem desqualificar o que é exposto. Tendo em vista que a série é para um público bem amplo. Portanto, o que se assiste leve e bem objetivo.

Fica o destaque para o ator William Zabka que tem ressalto com o seu personagem (Johnny Lawrence), que aqui se apresenta bem maduro em relação impaciente do filme original. No restante, há a repetição da trama do filme original, porém com novos personagens. Tanto Johnny Lawrence quando Daniel LaRusso (Ralph Macchio) se tornam senseis de jovens com uma forte insegurança em relação a vida. 

E utilizam do Karatê como ferramenta para superar essa indecisão, mas nesse meio tempo, vários imprevistos acontecem, gerando mais conflito no decorrer da história, até ao fechamento da primeira temporada da teleserie.

Mesmo sem inovações, e calcados em assuntos que geram discussões pela internet, Cobra Kai é interessante em relação à forma de como versar para o momento vigente, um produto criado para uma época já distante com uma linguagem obsoleta para o público atual. Ainda mais em uma época que há uma enxurrada de informações e distorções de valores destinados aos jovens.



sábado, 19 de maio de 2018

Rogério Skylab - O Mundo Circular

Rogerio Skylab é uma das figuras do underground carioca que possui a careira mais incomum do meio em que surgiu. Já no início de suas atividades na cena musical independente no começo da década de 1990, o compositor já colecionava elogios com o seu primeiro disco (Fora Da Grei - 1992).  Mas a “fama” veio depois de aparições em programas de TV do qual participava dando entrevistas classificadas como bizarras, incluindo as suas performances completamente teatrais. Mas a autenticidade de seu próprio trabalho, sempre foi o seu principal chamariz.

E como os seus álbuns possuem um caráter focado no estranho com assuntos polêmicos e escatológicos, porém misturado com diversos estilos musicais, a combinação acabou resultando em um artista que foge da vertente mais comum do mercado musical. Esse 'mix' conquistou um público fiel.

Aqui em seu ‘O Rei do cu’ (independente – 2018) Skylab aborda variados temas em suas 12 faixas que transitam entre o non-sense, MPB, Rock, Samba entre outros gêneros, mas nem todas as músicas possuem uma conexão com essa parte da anatomia humana, um tanto íntima. O que se ouve, é um trabalho diversificado.

Rogério junto com a sua banda, conseguem expor todas essas nuances sem soar repetitivo, ou clichê. O título é chamativo e provocador, incluindo a sua capa trash, mas é coerente em sua integridade, conduto é dispare na forma escolhida. Quem imagina ouvir um trabalho vulgar (sujo), pode ter uma decepção, já que a abordagem adotada é seleta, atrelado aos estilos usados no disco.

O experimentalismo é presente, porém usado de modo discreto, como um artifício, não o viés principal. Não há exagero ou delírios em suas músicas, toda a abordagem é feita de forma lírica. Esse formato contribui para a surpresa do álbum. A psicodelia dos álbuns clássicos foi deixada um pouco de lado, prevalecendo uma audição mais acessível.

O Rei do cu é a primeira parte de uma trilogia que será lançado com o tempo, a atual está disponível em diversos formatos de streaming. O próprio músico não se importa com mídias físicas, edições especiais ou o atual saudosismo em relação ao vinil. É um trabalho de aquisição livre.

Em um período de trabalhos de artistas nacionais que trilham por um caminho mais fácil e sem ousadia, Rogério Skylab se apresenta como um dos mais originais e inusitados que se pode ouvir.

Em tempo, bom disco.

Mais informações em: Rogério Skylab

Rádio CultFM

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Orbital – Dupla pioneira da cena rave, volta à ativa em novo disco.

A dupla inglesa de música eletrônica Orbital informou o lançamento de seu novo álbum chamado "Monsters Exist" agendado para o mês de setembro de 2018.

O duo já havia encerrado as suas atividades musicais em 2012, quando lançaram o disco Wonky e a trilha sonora para o filme Contra o tempo (Pusher no original) ambos no mesmo ano. E após essa pausa, em 2017, gravaram o álbum ao vivo “Live At Eventim Hammersmith Apollo” e liberaram o Single “Kinetic 2017” que trouxe à ativa os músicos.

Os irmãos Paul e Phil Hartnoll pelo visto, não demonstram nenhum indício de uma nova pausa, Já que os músicos anunciaram uma turnê pela Europa para promover o novo trabalho.

"Monsters Exist" chegará às lojas nos formatos CD, Vinil (duplo); streaming além de um boxset com quatro LPs.

Em tempo, boas compras e audições.

Mais informações em: Orbital




Tracklist
CD/Deluxe Edition Disc 1
01. Monsters Exist
02. Hoo Hoo Ha Ha
03. The Raid
04. P.H.U.K.
05. Tiny Foldable Cities
06. Buried Deep Within
07. Vision OnE
08. The End Is Nigh
09. There Will Come A Time (Featuring Prof. Brian Cox)
Deluxe Edition Disc 2
01. Kaiju
02. A Long Way From Home
03. Analogue Test Oct 16
04. Fun With The System
05. Dressing Up In Other People's Clothes
06. To Dream Again
07. There Will Come A Time (Instrumental)
08. Tiny Foldable Cities (Kareful Remix)