sábado, 21 de janeiro de 2023

Os Gêmeos: Nossos Segredos CCBB Rio de Janeiro


 

Com uma formação baseada no cotidiano e principalmente na vida urbana, a dupla brasileira Os Gêmeos possuem uma técnica de desenho e expressão peculiarmente original e de forte identificação.

Com retratos gráficos que utilizam de uma intervenção que gera um contraste com a realidade, para expressar uma fina ironia ou uma critica social explícita, a exposição itinerante Os Gêmeos: Nossos Segredos é um belo exemplo de como a mente artística trabalha sobre diversos temas do dia-a-dia , além de demonstrar o processo de criação e, em parte, a vida pessoal do artista.

 No caso aqui dos gêmeos ( os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo)  a vida cotidiana  e a arte em uma ação conjunta, e a dupla faz questão desses quesitos serem a marca registrada em suas obras, a influência da Pop Art e o Hip-Hop são o motor de tudo que produzem.

Sem esconder as suas origens e a forma como trabalham, Os Gêmeos são categóricos em suas obras e principalmente, como elas devem ser impostas. Nesse quesito, a dupla é imbatível. Já que fazem intervenção em quase tudo como: muros, carros, fachadas, viadutos, metrô, passando por aviões , carros, capas de discos e etc...

As obras em si são de grande admiração não só pelo fato dos detalhes nas pinturas, mais principalmente pelo o que elas representam,  e a mensagem que elas transmitem. Sendo os desenhos inseridos no ambiente do qual geram o contraponto.

A música e mais precisamente o  Hip-Hop, foi o elemento principal a dar o inicio a toda obra que produzem, em todas as pinturas, o gênero musical nascido nas ruas sempre está presente. Como o estilo tem apelo muito popular, a caracterização e a objetividade é muito mais direta. E sabendo usar os itens urbanos, Os Gêmeos criam uma conexão direta com o espectador de suas obras.

Sem muito apelo, ou praticamente nenhum, a dupla sabe como expressar a ironia e sensor de humor da vida comum em suas grandes variações de peças urbanas, criando assim um mundo muito particular e de fácil reconhecimento.

Os Gêmeos: Nossos Segredos entrega muito além do prometido, a grandiosidade das obras afirma o trabalho mais do que já reconhecido dos irmãos que vieram do subúrbio paulistano, que aos poucos foram tendo o seu talento reconhecido conforme foram amadurecendo.

Longe de obras que resultam em uma ideia ufanista ou de algum elitismo, Os Gêmeos retratam a sociedade comum, mas dentro de um mundo fantástico.

 


Os Gêmeos

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Moby libera novo disco de ambient music


O artista americano Moby informou o lançamento de seu mais recente trabalho chamado Ambient 23, que chegou as plataformas digitais em 1º janeiro de 2023.

Em uma nota publicada em uma de suas redes sociais, o músico afirma que se inspirou em artistas que foram pioneiros dentro da música ambiente como Martyn Ware, Brian Eno, Jean-Michel Jarre e Will Sergeant

Para Ambient 23, Moby utilizou sintetizadores e baterias eletrônicas antigas ou fora de uso para criar todo o clima relaxante e introspectivo de seu álbum. Fugindo bastante do clima agitado e dançante dos trabalhos que o artista americano é mais conhecido.


Essa não é a primeira inclusão de Moby no mundo dos sons ambientais, desde que apareceu no início da década de 1990 em meio a uma nova onda de DJs, produtores e grupos de dance music alternativa em Nova York, Moby já fazia músicas mais calmas, chegando a editar (independente das versões) seis álbuns com esse estilo.

Nessa mais recente edição, ele traz toda a atmosfera das paisagens sonoras típicas da ambient music, com os seus climas etéreos cheios de sensibilidade, romantismo, meditação e uma grande viagem no mundo dos sons relaxantes.

Até o momento não há informações sobre apresentações.

 Mais em moby.com

DJ MUSIC



 


sábado, 24 de dezembro de 2022

Avatar: O Caminho da Água — Continuação mantém o impacto visual e apresenta história sobre família

 

Quando o primeiro Avatar estreou nos cinemas no ano de 2009, o filme foi recebido com uma grande surpresa, principalmente pela inovação em seu visual e pelo uso correto da tecnologia 3D, que nesse longa, o diretor James Cameron acabou ajudando a tornar comum nas salas de cinema posteriormente.

Por esse filme James Cameron concorreu a nove Oscars, levando apenas três e tirando Titanic (1997) do posto de maior bilheteria do cinema. Avatar arrecadou aproximadamente 2,9  bilhões de dólares.

Em Avatar: O Caminho da Àguas. (20th Century Studios/Disney 2022)  é uma continuação direta do filme anterior com alguns acréscimos de personagens e um complemento dentro da história, além de uma expansão do universo do longa, que contribui com o significado do meio em que os personagens vivem.

Após um conflito em que resultou em perdas irreparáveis e tendo uma vida aparentemente tranquila em Pandora,  o ex-humano e agora um Na’vi Jake Sully (Sam Worthington) e sua esposa Neytiri (Zoë Saldaña) se veem obrigados a mudar com sua família para uma outra parte do planeta, devido a volta da corporação R.D.A. — da qual Jake Sully fazia parte — que procura terminar o seu trabalho de exploração ambiental.

Com essa premissa bem simples, James Cameron consegue manter o ritmo e apresentar um longa cheio de detalhes, com uma narrativa leve que segura a atenção do espectador pelas 3  horas e 12 minutos de duração. Apesar da exibição extensa, não há indicio de nenhum cansaço.

O visual que possui uma produção bem cuidadosa, renova em várias partes o CGI (sigla para  imagens geradas por computador) do filme precedente, que aqui nessa segunda parte se apresenta com novas texturas, volume, cores e expressões corporais. Deixando tudo mais orgânico e vivo.

Além da parte técnica caprichada e com uma mensagem bem humanista, O caminhos das Àguas reflete sobre como usamos os bens naturais dos quais temos acesso, a relação interpessoal, a convivência com a diferença e a união entre os povos. Porém sem um discurso panfletário ou levantar algum tipo de bandeira.

Apesar dos momentos mais agitados e de ação de tirar o folego, o principal do longa, são os personagens e como eles lidam com vários aspectos em suas vidas como: as perdas, mudanças forçadas de  rotina, as conquistas, decisões de liderança, amadurecimento, família e futuro.

O imbróglio na trama em conjunto com a eminente batalha que se reconstrói durante a projeção, induz a uma nova formação entre os nativos de Pandora, que serão obrigados a enfrentar uma guerra que não desejavam.

Sendo um acréscimo para uma história que está dividida em 5 partes, James Cameron deixa a sua mensagem em um de seus trabalhos mais ambiciosos dentro da indústria no áudio visual e mostrando que as produções  de grande porte (o famoso cinemão), ainda se encontram ativas e podendo contar histórias épicas através de filmes comerciais.

Avatar pode indiretamente, mostra o um novo caminho que o tão criticado cinema pode seguir nos próximos anos.