Por esse filme James Cameron concorreu a nove Oscars,
levando apenas três e tirando Titanic
(1997) do posto de maior bilheteria do cinema. Avatar arrecadou aproximadamente 2,9 bilhões de dólares.
Em Avatar: O Caminho da Àguas. (20th Century Studios/Disney 2022) é uma continuação direta do filme
anterior com alguns acréscimos de personagens e um complemento dentro da
história, além de uma expansão do universo do longa, que contribui com o
significado do meio em que os personagens vivem.
Após um conflito em que resultou
em perdas irreparáveis e tendo uma vida aparentemente tranquila em Pandora, o ex-humano e agora um Na’vi Jake Sully (Sam
Worthington) e sua esposa Neytiri (Zoë
Saldaña) se veem obrigados a mudar com sua família para uma outra parte do
planeta, devido a volta da corporação R.D.A.
— da qual Jake Sully fazia parte — que
procura terminar o seu trabalho de exploração ambiental.
Com essa premissa bem simples, James Cameron consegue manter o ritmo e
apresentar um longa cheio de detalhes, com uma narrativa leve que segura a
atenção do espectador pelas 3 horas e 12
minutos de duração. Apesar da exibição extensa, não há indicio de nenhum
cansaço.
O visual que possui uma produção
bem cuidadosa, renova em várias partes o CGI
(sigla para imagens geradas por
computador) do filme precedente, que aqui nessa segunda parte se apresenta com
novas texturas, volume, cores e expressões corporais. Deixando tudo mais
orgânico e vivo.
Além da parte técnica caprichada
e com uma mensagem bem humanista, O
caminhos das Àguas reflete sobre como usamos os bens naturais dos quais
temos acesso, a relação interpessoal, a convivência com a diferença e a união
entre os povos. Porém sem um discurso panfletário ou levantar algum tipo de
bandeira.
Apesar dos momentos mais agitados
e de ação de tirar o folego, o principal do longa, são os personagens e como
eles lidam com vários aspectos em suas vidas como: as perdas, mudanças forçadas
de rotina, as conquistas, decisões de liderança,
amadurecimento, família e futuro.
O imbróglio na trama em conjunto
com a eminente batalha que se reconstrói durante a projeção, induz a uma nova
formação entre os nativos de Pandora,
que serão obrigados a enfrentar uma guerra que não desejavam.
Sendo um acréscimo para uma
história que está dividida em 5 partes, James
Cameron deixa a sua mensagem em um de seus trabalhos mais ambiciosos dentro
da indústria no áudio visual e mostrando que as produções de grande porte (o famoso cinemão), ainda se encontram
ativas e podendo contar histórias épicas através de filmes comerciais.
Avatar pode indiretamente, mostra o um novo caminho que o tão
criticado cinema pode seguir nos próximos anos.
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