quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

AEMA - Amsterdam Electronic Music Academy



A Universidade de Artes de Amsterdã informa que está desenvolvendo uma plataforma educacional chamada AEMA (Amsterdam Electronic Music Academy), em parceria com a The School Of House uma das instituições mais tradicionais com o foco em músicaque tem como objetivo criar um curso todo voltado para o mercado de música eletrônica.

A iniciativa desse empreendimento, saiu das mãos do empresário Duncan Stutterheim, fundador da ID&T responsável pelos festivais  Mysteryland e Tomorrowland.

Segundo o que foi informado, esse curso que tem duração de dois anos, o estudante terá contato com todas as etapas que procedem no mercado musical de emusic, incluindo a história da música eletrônica, técnicas musicais, público, promoção de eventos, habilidades empresarias entre outras atividades, que visam preparar os participantes para uma carreira dentro desse mercado. 

A academia terá participações da agência holandesa Massive Music, uma das maiores empresas focadas no ramo promoções de eventos, incluindo a Armada Music, selo do DJ Armin Van Buuren , além de palestras de artistas como Joris Voorn (progressive) e Tom Trago (house) entre outras figuras da indústria.

As aulas serão ministradas em locais como no A’DAM Tore, uma mistura de hotel e escola de música; a University's Conservatorium, um dos mais tradicionais de Amsterdã; o estúdio Nachtlab (produção musical) e o centro de criação musical e gestão em marketing Q-Factory .

O curso é exclusivo para a cidade de Amsterdã, os candidatos devem apresentar no mínimo três faixas originais, as inscrições serão aceitas até 1º de maio, as aulas começam em setembro de 2018. A mensalidade anual gira em torno de € 10,995.

Mais informações em: Amsterdam Electronic Music Academy

Boa sorte.



quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Mike Paradinas Abre o baú



O produtor inglês de música eletrônica e de IDM (Intelligent Dance Music) Mike Paradinas (µ-Ziq), informa que será lançando em abril de 2018, o seu álbum “perdido” chamado Challenge Me Foolish que foi produzindo no ano de 1999, na mesma época de seu outro trabalho chamado Royal Astronomy.

Esse novo álbum contém 14 faixas e cinco delas em parceria com a cantora japonesa Zamumi, pelo material que foi divulgado, indica que Paradinas estava experimentando novas texturas sonoras e mais melodias em Challenger, uma abordagem bem diferente do que seus contemporâneos do IDM seguiam no final dos anos de 1990.  

Challenge Me Foolish está agendado para o dia 13 de Abril de 2018, e estará disponível nos formatos digitais, incluindo o CD e em vinil duplo.

Mais informações em: Planet Mu
Revista DJ Music

Tracklist
01. Inclement
02. Undone
03. Challenge Me Foolish feat. Kazumi
04. Bassbins
05. Robin Hood Gate
06. Perhaps
07. Durian feat. Kazumi
08. Ceiling
09. Lexicon feat. Kazumi
10. Perfame
11. Playbox
12. Sad Inlay feat. Kazumi
13. Peek Freans
14. DoDaDu feat. Kazumi

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A Forma da Água – No fundo mar, também bate um coração.



O diretor Mexicano Guillermo del Toro sempre deixou explícito em seus filmes, o fascínio por monstros e criaturas fantásticas dentro e fora da ficção, e essa admiração o ajuda a se manter como um dos diretores em atividade que consegue transpor para tela grande, todo esse universo fantasioso e cativante, que esses seres proporcionam.

Em A Forma da Água (Shape of Water - 2017), não poderia ser diferente, del Toro finalmente entrega o seu filme mais correto e significativo de sua já extensa carreira cinematográfica.

Na trama do longa, acompanhamos a vida de uma faxineira muda chamada Elisa Esposito (Sally Hawkins), que trabalha em uma estação secreta militar, local que acaba recebendo uma criatura marítima até então desconhecida. Os militares querem transformá-la em uma arma contra os Russos e os cientistas, querem estudá-la por ser uma nova espécie. Mas a funcionária acaba se envolvendo com a criatura e, dessa relação acaba culminando em uma paixão incontrolável entre a empregada e o anfíbio. Elisa então resolve com ajuda de seu vizinho solitário, a libertá-lo.  

Toro consegue apresentar uma história madura e cativante dentro de um universo fantasioso, mas com um tratamento que foge da linguagem banal muito comum nesse tipo de filme. Como a sua direção é precisa e o roteiro possui um equilíbrio entre drama, ação e a fantasia, o filme se expõe como uma obra deslumbrante ao espectador.

É visível todo o cuidado feito na produção do filme, que consegue recriar toda a atmosfera da década de 1960 e a tensão gerada pela Guerra Fria em seu auge. No aspecto técnico, o filme faz jus a todas as indicações da qual o foi indicado para o Oscar 2018. Nessa parte, del Toro é cuidadoso e, em pouco mais de duas horas de projeção, não se percebe o que é real ou ficção. Logo em sua abertura, já se percebe a atenção que tiveram na realização de todo o filme.

Outro destaque que vale ressaltar é a excelente escolha de elenco, atores em perfeita sintonia com a história. Profissionais que souberam explorar com talento, todas as nuances e motivações de cada personagem, deixando conto o mais próximo ao real.

Apesar de não ser original, e tendo alguns clichês, incluindo as várias referências a outros filmes que abordam o mesmo tema, mas precisamente o cinema de Hollywood da era de Ouro, A Forma da Água, só afirma como atemporal e ainda cativante o sentimento mais puro e transformador que nós possuímos. E mesmo não levando todos os prêmios, “A forma” já se tornou um clássico do cinema contemporâneo.