sábado, 20 de maio de 2017

Alien: Covenant … A fronteira Final

O atual filme não é tão denso quando o original de 1979, e nem possui a movimentação se comparando com a versão de 1986, dirigida por James Cameron. Porém se iguala em relação à narração e construção do filme Promoetheus (2012), fato que gerou o desconforto e uma insatisfação com os fãs da série Alien, proporcionando, uma grande descrença em relação aos futuros filmes da cultuada série cinematográfica.

Em Alien: Covenant (Fox 2017), somos apresentados a uma equipe de colonizadores, que após a um acidente espacial, resolvem aterrissar em um planeta não classificado, e que devido a essa “quebra” na missão, acabam explorando o tal astro, e descobrem a desaparecida nave Prometheus, que havia sumido há dez anos. E durante a essa investigação, encontram algo extremamente perigoso.

Quem espera um novo Alien, com seu clima de terror no espaço, ou um filme recheado de cenas de ação, pode ficar desapontado com Covenant, já que o objetivo do filme é explicar como surgiram os Xenormofos e responder as questões que ficaram em aberto por Prometheus, além de abrir o caminho para os próximos filmes da franquia que serão produzidos no futuro.

Apesar de regular se comparando com os filmes clássicos, adotando uma narrativa bem didática e sem muito aprofundamento em sua história, o que deixa toda a exibição com um clima de filme para família, Covenant fica devendo por não apresentar muita inovação ou inventividade nessa nova etapa, que procurava esclarecer os motivos da existência dos Aliens e o porquê da busca excessiva por esses seres extremamente nocivos.

Mas apesar de não possuir uma história plausível, Covenant é a prova que Ridley Scott continua firme com o seu trabalho de diretor e produtor, apresentando um filme, que se esforça em fugir do atual padrão de filmes pop, que se expõe com uma fórmula repetitiva e quase banal. E nesse atual trabalho, o diretor tem como objetivo, entreter o espectador com uma aventura despretensiosa, sem muita reflexão.

Fica o destaque para o ator Michael Fassbender que interpreta as duas versões do sintético (robô) David/Walter, que se manifesta como o melhor personagem o longa. Que apesar do filme não demonstrar muita profundidade, possui um final que compensa toda a morna projeção. E gerando uma grande dúvida sobre o que acontecerá nos dois seguintes capítulos e conclusivos dessa série tão carismática e cultuada.



segunda-feira, 1 de maio de 2017

Faroeste Espacial



Quando o primeiro Guardiões da Galáxia foi lançado em 2014, o público se encontrava em uma grande dúvida, em relação a esse longa-metragem com personagens até então desconhecidos. Quem sabia da existência deles, eram os leitores mais ávidos dos quadrinhos. Mas a Disney resolveu arriscar em apresentar aos seus consumidores, esses novos heróis.

Após a sua estreia e o grande boca a boca entre os críticos de cinema, em conjunto com os fãs das HQs, o filme se tornou um sucesso, e conquistou um novo público que já perguntava por uma sequência. Não tardou muito para que a Disney/Marvel começasse a trabalhar na continuação do longa.

Aqui em Guardiões da Galáxia Vol 2, dirigido James Gunn—o mesmo do filme de 2014—, temos uma nova aventura espacial com esses heróis um tanto fora de linha. Porém com uma leve mudança em relação ao longa anterior. Que nessa continuação, temos um aprofundamento na vida de cada personagem, fator que contribui para a empatia com o público, além de explicar de uma forma acessível, o porquê das motivações de cada um naquele universo. 

Utilizando de uma linguagem bem clara e objetiva, o diretor consegue manter o equilíbrio entre ação e humor, sem perder o ritmo na narrativa, contribuindo para que o filme seja uma projeção cativante e simpática para qualquer tipo de espectador, seja ele um afeiçoado dos quadrinhos ou não.

Com um orçamento mais robusto, (estima-se aproximadamente U$S 220 milhões), foi possível expressar um trabalho mais completo, com um mundo mais detalhado e amplo, além de permitir uma história extensa e rica em detalhes, e apresentando ótimas cenas de ação, que colabora para uma obra cinematográfica despretensiosa e divertida. 

Em Guardiões... há inúmeras referências ao universo da Marvel e várias piadas da cultura pop americana da década de 1980. Recurso que irá agradar em cheio os leitores mais antigos e saudosistas dessa época. Também há o destaque para a produção visual do filme, que se apresenta rica em detalhes. Com ponderadas citações à cultura New Wave (tendência muito popular durante os anos de 1980) e ao design “futurista” do mesmo período. 

Ao término de toda projeção, e durante os créditos finais, somos apresentados a cinco curtas cenas extras, que já dão pistas para as próximas aventuras dos Guardiões

E em meio à enxurrada de filmes de super-heróis, guardiões se mantêm como um dos mais divertidos e leves que a Marvel já produziu até o momento,  e essa continuação só confirma o trabalho mais que correto que a Disney faz nessa adaptação dos quadrinhos para a tela grande.