segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Bill & Ted - Perdidos no tempo

 


Bill & Ted são exemplo dessas redescobertas, o filme original de 1989 foi uma diversão escapista bem aos moldes das produções destinadas aos jovens daquela época. O longa teve uma continuação em 1991, gerando outros produtos para dupla de amigos guitarristas, como desenho animado e videogame.

No primeiro filme de 1989, a dupla acaba viajando no tempo para não ficarem reprovados na matéria de história; no segundo, acabam morrendo, e fazem de tudo para voltar à vida. Nesse percurso, se envolvem em vários problemas e acabam fazendo amizade com a morte.

Na terceira aventura aqui chamada de Bill & Ted Encare a Música” (Bill & Ted Face the Music  - 2020),  A dupla, agora na casa dos 50 anos e já com filhos ( no caso, filhas), são obrigados a ter que viajar no tempo, já que precisam criar uma música que irá unir a humanidade, se não a fizerem, o universo poderá sumir!

Apesar da produção modesta e muito polida. O filme agradará aos fãs da dupla, por suas   piadas e referências musicais.  A falha, senão a única. É não ter um elenco primoroso de artistas convidados na obra, pois quando se assiste, há a impressão que os produtores queriam um elenco muito maior.

Com a sua simplicidade, e feito para fechar a história. O longa encerra o ciclo de uma dupla de amigos que só queriam se divertir fazendo música.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

A Ascensão Skywalker — Enfim, sossego.


Longe de ser um caça-níqueis ou um filme escapista, “A Ascensão Skywalker” (Disney - 2019) fecha saga intergaláctica criada por George Lucas (que estreou nos cinemas durante a década de 1970) porém com algumas mudanças, mas nada radical.

O filme anterior “Os Últimos Jedi” (2017) sofreu inúmeras críticas e deixou os fãs da franquia divididos, as reclamações afetaram a produção do longa posterior, causando alterações em sua criação e mexendo na história original. A alegação dada se baseou na abordagem adotada que causou um desfecho morno, incluindo o desperdício de personagens, uma linguagem não muito complexa, em com um roteiro sem ousadias. Deixando a trama em si, quase monótona. Aqueles que esperavam por um impacto mais forte, se decepcionaram.

J.J. Abrams diretor de “O Despertar da Força” (2015), teve a incumbência de trazer a saga de volta ao seu prumo, e a amarrar as pontas soltas deixadas pelos filmes antecessores e gerar um ânimo no filme final.

O mote em “A Ascensão Skywalker” se dá com a notícia da volta de Palpatine (que ainda está vivo) e planeja o retorno do Império Galáctico. Kylo Ren/Ben Solo (Adam Drive) agora como líder supremo, cai nas graças de Palpatine sendo o seu novo arauto, e tendo a missão de trazer a Jedi Rey (Deisy Ridley) para as mãos do imperador. Em paralelo a essa persuasão, os rebeldes preparam um novo contra-ataque à Palpatine e ao seu imenso exército.

Abrams fez um arremato de toda a história, condensado em 2 horas em 21 minutos, nesse aperto, as referências da saga ficaram bem escondidas, deixando pontos principais à deriva, prevalecendo o drama e as dúvidas da personagem central, do que a conclusão da própria história. Essa abordagem, novamente não agradou aos fãs, que queriam um produto similar ao antigo.

Tirando esses quesitos, o filme é um trabalho corajoso em encerrar a franquia que quando surgiu, mexeu com a indústria cinematográfica e merchandising, criando uma vertente rentável até hoje para o mercado de cinema. Um modelo de negócio até então inédito.  Além dos desdobramentos que a história possui, gerou diversos produtos em várias mídias e artigos  como jogos, roupas, brinquedos, parque temático e etc.

Ao término do longa, a saga criada por George Lucas se encerra, mas pelas mãos de outros realizadores e sem o embate que cada um imaginava. O seu final brando e sentimental, deixa as portas abertas para uma nova história. 

Em tempo, bom filme.