sábado, 21 de agosto de 2021

Neil Young anuncia o primeiro lançamento da série ‘Carnegie Hall 1970’

 

Nos últimos anos, Young compartilhou uma série de projetos inéditos de seu extenso arquivo, incluindo ‘Homegrown’ de 1975 e uma série de gravações ao vivo como ‘Way Down In The Rust Bucket’ de 1990.

Agora, o líder da banda Crazy Horse - ao lado da Shakey Pictures Records e da Reprise Records - revelou que o primeiro lançamento da ‘The Neil Young Official Bootleg Series’ chegará em 1º de outubro.

'Carnegie Hall 1970', que foi gravado em sistema analógico original e mixado por The Volume Dealers: Neil Young e Niko Bolas, foi feito a partir do show inicial em 4 de dezembro de 1970, e foi a primeira vez que Young se apresentou em New  York.

Young fez dois shows no Carnegie Hall, um no dia 4 e outro à meia-noite da manhã seguinte. Os bootleggers não conseguiram capturar este primeiro show, que segundo Young foi “de longe, um show muito superior”.




O setlist do show cobre uma das eras mais reverenciadas da carreira de Young, com versões simplificadas de 'Everybody Knows This Is Nowhere', 'Down By The River', 'Helpless' e 'Sugar Mountain', além de 'After The Goldrush' do álbum de mesmo nome, lançado apenas nove semanas antes do show no Carnegie Hall.

Young também cantou as músicas ‘Bad Fog Of Loneliness’, ‘Old Man’ e ‘See The Sky About To Rain’ antes de serem gravadas e lançadas.

Mais informações em: Neil Young

Fonte: NME

Lorde Solar Power — Um baquinho, um violão

Após um pequeno período longe da vida pública, a cantora neozelandesa Lorde liberou o seu terceiro e mais calmo álbum intitulado “Solar Power”. No qual aborda um clima mais sereno e reflexivo, tratamento bem diferente em comparação com os seus trabalhos anteriores.

Em Solar Power, a agitação e o clima animado, dá o lugar a um som mais pensativo e intimista, que reflete o momento de reclusão que a artista manteve após o fim da turnê do disco Melodrama de 2017.  E como a cantora acabou fazendo muito sucesso, com apenas 16 anos de idade em 2013 — com o seu primeiro e elogiado álbum—, um certo período de descanso era mais que obrigatório.

Renovada e com uma nova perspectiva sobre a vida comum, Solar Power mostra o caminho que Lorde trilha no atual momento: divagações sobre amadurecimento, o cotidiano, perdas, desamores e ela própria.

A surpresa durante a audição em “Solar...” é a mudança quase radical na produção do álbum, no qual abordaram uma pegada pop low-fi e deixando lado por um tempo, a sonoridade  moderna anterior. O que se ouve é quase um acústico.  Mas essa direção não tira o prestígio de Solar Power, apenas valida o vigente momento que cantora usufrui, além de enunciar um futuro horizonte que Lorde pode seguir.

Os fãs mais puristas podem ter um desponto, em relação a uma expectativa mais inovadora para o atual trabalho, devido ao momento que o mercado de música vive, que caminha em constantes mudanças em diferentes segmentos, Solar Power foi na contramão desse período recente, apresentando um disco que pegou todos de surpresa.

A capa, meio que ousada para a artista que não apelava muito, já indicava mudanças, mas não os direcionamentos do quais muitos especulavam. A mudança é interna. O passo grande, que na verdade é um salto, indica novos caminhos que a artista poderá seguir. E os admiradores da artista, acompanharam os novos rumos a seguir.   

Em tempo, bom disco.

Mais informações: Lorde




quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Esquadrão Suicida (2021) — Quentin Tarantino fazendo escola

 

Quando foi lançando em 2017, a primeira versão do Esquadrão Suicida, não agradou os fãs de cinema e de história em quadrinhos logo de cara. Muito desse aborrecimento, é devido às inúmeras reclamações feitas por causa de sua abordagem leve e cheia de restrições; a produção sofreu com diversas mudanças, como cenas refeitas, cortadas e não utilizadas, além do tom superficial do longa.

Os produtores mantiveram a expectativa em acertar os personagens, além do próprio filme, e chamaram o diretor James Gunn (Guardiões das Galáxias – 2017) para concluir o projeto, e na versão de Gunn, a mudança é significativa.

Esquadrão Suicida 2021, vemos um grupo de anti-heróis ( na verdade, são criminosos) que aceitam uma missão arriscada em troca da redução de suas penas, mas no decorrer da trama descobrem que a tarefa era mais complicada do que imaginavam. Com isso, são abrigados a improvisar.

A limpa que foi feita em relação ao filme anterior é expressiva além de relevante, dando valor aos personagens obscuros, que foram rejeitados pelos seus atos e mantém uma vida cheia de distúrbios emocionais. Com esse tipo de perfil anormal, acabam ganhando destaque.  Essa  equipe de desvairados, se tornam uma alegria para um público mais jovem e um agrado  para os que não gostavam do filme precedente.

Tendo a censura PG-17, que permite explorar uma história com mais fundamento, possibilitando um humor mais solto e quase escatológico, em conjunto com explosões, vísceras e várias cenas de ação, Esquadrão poderá fazer parte da galeria de filmes de super-heróis que foram adaptados de forma correta para as telas grandes.

A parte técnica, merece um ressalto, apesar de Gunn se original da Troma Movies ( produtora de filmes Trash), Esquadrão tem um visual caprichado e uma edição de imagem e som que valem ser destacados, o filme anterior levou o Oscar de maquiagem.

Em tempo, divertido filme.