sábado, 12 de junho de 2021

Garbage

 

Quando apareceram em 1995, o Garbage já chamou a atenção logo de primeira, tanto da  crítica quando do público,  muito desse atrativo é devido as suas letras cheias de ironia, e indiretas que são acompanhadas pela base musical que procurou fugir de clichês misturando o rock alternativo com elementos de música eletrônica. Que na época, teve diferentes classificações, algo que o grupo nunca ligou.

E um dos fatores, se não o principal, foi ter uma vocalista de forte presença no microfone e no palco. Toda a mistura sonora e um jeito mais descolado, deu uma gratificação considerável para a banda, tendo um retorno grande na venda de discos, vários prêmios e longas turnês pelo mundo, além de firmar o quarteto no meio musical sem apelo.

No seu sétimo álbum No Gods No Masters (CD+BOX2CDs+Deluxe—Vinyl— Stun Volume - Infectious Music) o Garbage, apresenta os incômodos e desconfortos com a sociedade e o mundo atualmente. Desfirando todo esse ‘aborrecimento’ por quase todo álbum. Em algumas entrevistas para a mídia brasileira, a cantora afirma essas questões abordadas. Apesar da premissa quase pessimista, há espaço para questões íntimas amorosa, mas sem alarde. Shirley canta as relações que não deram certo.


Apesar da produção mais contida: não há os impactos dos primeiros álbuns e com uma abordagem mais polida em seu som e tendo as músicas sem firulas, deixando o trabalho mais simplista. Musicalmente “No Gods...” é Garbage em sua pura essência: faixas dançantes, guitarras, beats eletrônicos, som alternativo, sensualidade, humor e as infinitas variações sonoras.

Garbage não expõem indícios de algum desinteresse do meio artístico, ou desconsolo, mas uma  certa rejeição e afastamento do que interfere na vida comum, essas observações é  evidenciada através das músicas compostas, que refletem o senso do grupo ao atual comportamento externo. Mas sem perder o seu afinco.

Em um momento marcado por um forte isolamento urbano que interferiu no mercado musical e nas apresentações, o Garbage — que teve até o momento duas passagens pelo Brasil em 2012 e 2016 — traz uma disposição e um ânimo para o seu público. Aqueles que forem adquirir o álbum na versão deluxe, terão um agrado com o disco bônus, que contém algumas surpresas.  

Em tempo, bom disco.

Mais informações: garbage.com






segunda-feira, 10 de maio de 2021

Kraftwerk: Computer World - 40 anos


Lançado em 10 de maio de 1981, o álbum Computer World da banda alemã kraftwerk, é considerado um dos divisores de águas dentro da música eletrônica e uma significativa influência para a nova Dance Music que surgia no início da década de 1980.

Com a sua abordagem elegante de um futuro que estava a provir, o disco causou um impacto na mente de vários produtores e músicos desse mesmo período, que trilharam o caminho que foi aberto pelo conjunto europeu, dando indiretamente, uma identidade forte e utópica para esse momento de transformações que a sociedade estava passando.

Computer World, é recheado de sintetizadores, vozes eletrônicas, beats, sons originais, entre outros infinitos recursos que ajudaram a moldar a atmosfera idealista imaginada pelo quarteto. O disco foi uma das peças fundamentais para o direcionamento desses novos artistas que apareceram na tão divertida e colorida década oitentista. Suas bases rítmicas, postura física, estética minimalista e um singelo senso de humor, foram assimilados por inúmeros compositores que surgiram nesta data

A cena Techno de Detroit (EUA), sem nenhum vestígio de dúvida, foi o cenário que deu segmento ao conceito criado pelo conjunto e absorveu por completo, a concepção artística que permeia o álbum do quarteto germânico. E até hoje esse mundo dos computadores que o kraftwerk evoca, ressoa nas infinitas músicas eletrônicas que são produzidas em diversos lugares do planeta.  Demonstrando, o que é afirmado pelo grupo em aproximadamente 38 minutos de música, não tem mais volta.

Kraftwerk