sábado, 25 de novembro de 2017

Liga da Justiça - Hora de Morfar!

Apesar da mudança na direção em decorrência ao fato ocorrido com o cineasta Zack Snyder (que perdeu a filha durante as gravações), sendo substituído por Joss Whedon, O filme da Liga da Justiça é uma diversão meio que contida do universo da DC Comics no cinema. Mesmo tendo Batman VS Superman com as suas críticas e Mulher-Maravilha com os seus elogios em relação à sua adaptação para o cinema, a Liga entretêm que for assistir.

É explicito os cortes feitos em sua finalização e a mudança no tom do filme, que pelas mãos de Snyder aparentava ter uma abordagem mais sombria, que Whedon mudou para um humor quase forçado e prevalecendo a ação contínua. Algumas cenas importantes acabaram sendo refeitas, que ajudaram a ‘quebrar’ o desenvolvimento da história. Mas essas circunstâncias não rebaixam o longa, apenas o deixa um pouco confuso e com alguns buracos em sua trama.

Com o objetivo em reunir uma equipe de indivíduos dotados de super poderes para defenderem a terra de uma ameaça eminente, o inerte Batman (Ben Affleck), junto com a bela Mulher-Maravilha (Gal Gadot) , são os responsáveis pela criação desse grupo de meta-humanos que depois de alguns atritos, acabam achando o ponto certo de como trabalhar em grupo.

Independente do desarranjo no longa-metragem, o filme é correto em sua trama, apresentando os vários lados de cada heróis e seus contrapontos em meios aos problemas que aparecem durante a projeção, e como cada um lida com as suas limitações e dotes. Mesmo tendo um vilão sem personalidade e com objetivos pífios, o carisma dos super-heróis compensa qualquer falha ou acabamento que se vê na telona.

Ao término do filme, os realizadores conseguiram deixar um final em aberto para futuros novos filmes da Liga , apesar do filme não obter em sua bilheteria de estreia, um resultado satisfatório , e segundo informações publicadas na web, os produtores ainda mantêm a proposta de realizarem futuras adaptações dessa editora de quadrinhos tão admirada quanto a já cult Marvel Comics.

Em tempo, bom filme.



domingo, 15 de outubro de 2017

Foo Fighters - Concrete and Gold



Já respeitado e com uma carreira mais do que sólida no meio artístico, Dave Grohl em conjunto com a sua banda Foo Fighters, conseguem manter a relevância no tão instável meio musical, que no atual momento, vive em uma espécie de comportamento receoso e um tanto alarmista.

Para o novo álbum, convidaram o produtor Greg Kurstine que já trabalhou com Lily Allen e Adele, e o disco também conta com participações de artistas de peso como, Shawn Stockman do Boyz II Men e do eterno Beatle Paul McCartney.

Em Concrete and Gold (2017), ouvimos a banda um tanto reflexiva se comparando com trabalhos anteriores. Essas reflexões são evidentes logo na primeira faixa “T-shirt”, e no decorrer do álbum, o grupo preserva essas indagações um tanto pessimistas. Há acertos em faixas que possuem sonoridade mais alternativa, como “The Sky Is a Neighborhood” e “La Dee Da que trazem alguma novidade. As músicas “Dirty Water”, “Arrows” seguem o modelo básico e clássico do rock, e as restantes praticamente sustentam todo o álbum. 

Em outra análise, Concrete and Gold, soa como sobras de gravações ou de uma coletânea de lado B de singles, porém com certo capricho e ousadia. O que se perceber em relação ao estilo mais livre adotado no disco, é que vemos o grupo tendo a coragem em gravar um trabalho que segue por uma vertente fora do padrão comercial. Demonstrando o interesse em voltar ao meio underground de onde a banda se originou.

Apesar de não trazer inovações, o álbum é uma opção em um ano um tanto repetitivo se tratando de músicas e de artistas sem muita expressão, mesmo não contendo faixas poderosas como dos álbuns clássicos e nem do premiado disco Wasting Light (2011), o atual trabalho soa correto. E dando a grande impressão que Foo Fighters ficaram apenas devendo os hits radiofônicos.



quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Blade Runner 2049



Diferente em sua construção e conteúdo se comparando com o filme de 1982, do qual abordava uma questão existencialista e reflexiva. Blade Runner 2049 é focado nos rumos que a humanidade pode seguir, após mudanças ocorridas no planeta, devido a uma nova catástrofe ambiental.

No longa temos uma expansão no universo do filme anterior, que demonstra o quanto o planeta ficou inabitado, nocivo e caótico, e dentro dessa desordem, existe uma atitude controversa em relação à forma administrativa que será adotada para acertar o prumo da raça humana. 

Em meio a esse jogo político, temos o policial K (Ryan Gosling), que está em missão de aposentar os replicantes “fugitivos” desse sistema, porém em sua tarefa, acaba descobrindo um caso ainda não encerrado. Nessa investigação, K entra em uma espiral repleta de reviravoltas, da qual acaba mudando a sua atitude, e a sua função da qual foi designado. Mudança que o deixa instigado sobre o seu futuro e existência.

O diretor adotou uma abordagem minimalista tanto em seu visual quanto em sua narrativa, prevalecendo tomadas longas, sem muita densidade e com argumentos simples, mas esclarecedor correlacionado aos fatos ocorridos no passando, além de fundamentar o estado vigente da história que temos no filme.

A harmonia entre o elenco, direção e produção é nítida durante toda o longa-metragem, apesar de sua duração extensa para um filme destinado a consumidores da cultura pop, Blade Runner 2049 tem ritmo e dinamismo, mesmo sem ter a agitação necessária que esse tipo de filme pede. O que assistimos, é um trabalho pós-moderno e maduro, se comparando ao mercado atual cinematográfico destinado aos jovens adultos.

Denis Villeneuve provou que é possível fazer uma continuação autêntica sem apelo, que além de respeitar o material original, apresenta ao público consumidor, um produto novo e sólido, sem distorcer o que já foi feito.

Só com o tempo saberemos se essa continuação terá relevância e questões existências similar ao ocorrido com o filme de Ridley Scotty.

Em tempo: bom filme.